O vice-líder do governo do estado na Assembleia Legislativa, deputado Robinson Almeida (PT/BA), criticou, em entrevista a Rádio Andaia FM, de Santo Antônio de Jesus, nesta sexta-feira (19), a ação movida no Supremo Tribunal Federal pelo presidente Jair Bolsonaro contra as medidas restritivas implementadas nos Estados da Bahia, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. O parlamentar baiano também criticou o presidente da República por negar a existência da pandemia, não usar máscara, promover aglomeração, não apresentar um plano de proteção nacional e de ação coordenada envolvendo estados e municípios no enfrentamento à crise sanitária.
"Eu imaginei que depois dos 'conselhos' de Lula na semana passada que levou o presidente a usar máscara em evento público, colocar o globo terrestre na sua mesa durante live e tirar Pazuello do ministério da Saúde, Bolsonaro iria mudar o comportamento pra enfrentar a pandemia. Mas pau que nasce torto, morre torto. Bolsonaro não tem conserto, prega o caos, não tem compromisso com a vida. Sua conduta, postura, com grave omissão e negação da pandemia, já levou mais de 285 mil brasileiros a perderem o bem mais precioso: a vida. Não há política de proteção nacional, de proteção da vida e da economia. Com Bolsonaro o Brasil ficou mais pobre e sem saúde. Ele não está a altura do cargo que ocupa, não tem condições de liderar o Brasil", destacou Robinson.
O deputado recordou do não credenciamento ao Sistema Único de Saúde pelo Ministério da Saúde dos novos Hospitais públicos da Bahia, nem das Policlinicas, e mesmo sem receber esses recursos do governo federal o Estado ampliou as medidas na saúde, com a criação de novos leitos e apoio econômico aos mais pobres e aos pequenos empresários.
"Na Bahia atuamos firmes para proteger os baianos e garantir isenção de conta de água para os mais pobres, prorrogação de ICMS, IPVA, crédito para micro-empresas, bolsa presença, vale alimentação e mais estudo para estudantes das Escolas públicas, além do acordo com o fundo soberano russo para aquisição da vacina Sputinik", exemplificou. "Mas à medida que o governo federal nega a pandemia, não toma iniciativas e impõe uma politica econômica em descompasso com a realidade nacional, a crise se agrava no Brasil", pontua. "Então, essa medida contra os governadores, que estão protegendo a população, que estão no âmbito de sua competência organizando o funcionamento das atividades essenciais, criando mecanismos de evitar a aglomeração de pessoas e diminuir a circulação do vírus e a perdas de vidas... esses governadores deveriam ter do presidente todo o apoio. Bolsonaro deveria desde quando começou a pandemia reunir com os secretários de Saúde, com o ministro da saúde para poder liderar o Brasil no enfrentamento dessa terrível crise sanitária. Mas ao invés de ajudar, Bolsonaro atrapalha. Ele quer impedir os governadores de proteger a população", concluiu Robinson.
Colapso - Bahia, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal enfrentam o agravamento dos índices da pandemia, com unidades de saúde lotadas e aumento de mortes. A Bahia tem 87% dos leitos ocupados por pacientes infectados pelo Coronavírus e já registrou a perda de 13.742 baianos para a doença. O Distrito Federal tem 99,19% dos leitos para Covid ocupados e já perdeu 5.206 pessoas para a doença. No Rio Grande do Sul 16.117 pessoas morreram em decorrência do Coronavírus e desde o dia 2 de fevereiro que o Estado registra ocupação de mais de 100% dos leitos de UTI. No Brasil, mais de 287.795 pessoas morreram em decorrência da doença desde o início da pandemia, em março do ano passado.
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