Quase metade dos homens brasileiros, 44%, sofre algum grau de disfunção erétil, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia. Na Bahia, a realidade não é muito diferente: em Salvador, um estudo revelou que 48% dos homens entre 40 e 70 anos atendidos no último ano apresentaram o problema, muitos deles também convivendo com hipertensão, diabetes ou alterações de colesterol. De acordo com o cirurgião urologista Dr. Eduardo Cerqueira, esses números reforçam a importância de encarar a saúde sexual como parte essencial do bem-estar masculino em qualquer idade.

Para Dr. Eduardo Cerqueira, a disfunção erétil não deve ser vista apenas como uma questão íntima, mas como um possível alerta para doenças cardiovasculares ou hormonais que precisam ser investigadas e tratadas. O especialista explica que a sexualidade não tem prazo de validade. Segundo ele, o que muda com o tempo são alguns aspectos fisiológicos, mas, com orientação médica adequada, é plenamente possível manter uma vida sexual ativa e prazerosa mesmo após os 60 anos. "A queda natural da testosterona, por exemplo, pode ocorrer com o envelhecimento, impactando a libido", salienta Dr. Eduardo, lembrando que essa redução não é regra para todos os homens e que existem estratégias de acompanhamento e tratamento quando o desejo sexual diminui.
O cirurgião urologista frisa que, entre as principais disfunções da terceira idade, a disfunção erétil é a mais frequente. Um estudo realizado com 2.862 homens apontou prevalência de 45,1% em algum grau — sendo 31,2% mínima, 12,2% moderada e 1,7% completa. Homens entre 60 e 69 anos têm cerca de 2,2 vezes mais risco de apresentar o problema em comparação com os mais jovens, e, após os 70 anos, esse risco praticamente triplica.
Para Dr. Eduardo, esses dados mostram que o acompanhamento médico é fundamental, já que existem tratamentos eficazes que melhoram não apenas a função sexual, mas também a saúde geral. O urologista destaca ainda que "doenças como hipertensão, diabetes, obesidade e o uso de certos medicamentos interferem diretamente no desempenho sexual, assim como fatores psicológicos, incluindo ansiedade, medo de 'falhar' e baixa autoestima", assegurou. Por isso, cuidar da saúde emocional é tão importante quanto tratar as questões físicas.
Apesar dos desafios, o urologista faz questão de salientar que a vida sexual na maturidade é possível e saudável e cita uma pesquisa do Datafolha, a qual mostra que cerca de 31% dos idosos de 70 anos ou mais continuam sexualmente ativos. Para esses casos, Dr. Eduardo orienta que qualquer uso de medicamentos seja feito com avaliação médica, pois a automedicação pode trazer riscos, especialmente para quem tem problemas cardíacos. "Ignorar a disfunção sexual significa não apenas abrir mão de qualidade de vida, mas também perder a oportunidade de identificar precocemente doenças mais graves", alerta o especialista.
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