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Política Vereador é preso

Vereador é preso por suspeita de lavar dinheiro do tráfico em posto de combustíveis na Bahia

A polícia apreendeu R$ 18 mil em espécie com o vereador, além de cheques e contratos.

25/09/2025 06h08
Por: Mayara Nayllanne
Crédito: Reprodução/Rede sociais
Crédito: Reprodução/Rede sociais

O vereador Ailton Leal (PT), de Santo Estêvão, foi preso nesta quarta-feira (24) durante uma operação da Polícia Civil que investiga um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico de drogas. Ele é suspeito de gerir um posto de combustíveis usado como fachada para movimentações financeiras ilegais.

Ailton está no segundo mandato como vereador e tem 45 anos. É formado em Educação Física e já atuou como presidente da Liga Desportiva Santoestevense entre 2017 e 2018. Também é conhecido por participar como árbitro em jogos de futebol amador na cidade, sendo o esporte uma das pautas de sua atuação parlamentar.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi eleito pela primeira vez em 2020 e reeleito em 2024, ambos os mandatos pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Na última eleição, declarou R$ 154 mil em bens incluindo R$ 99 mil em contas bancárias e um veículo avaliado em R$ 55 mil.

Durante a operação, Ailton foi um dos 10 presos. Segundo a investigação, o posto que ele administrava foi usado como instrumento central do esquema de lavagem de dinheiro, e o local foi fechado e multado. A Secretaria da Fazenda (Sefaz) também apura indícios de sonegação fiscal.

A polícia apreendeu R$ 18 mil em espécie com o vereador, além de cheques e contratos. A investigação aponta que ele seria irmão de um traficante de alta periculosidade morto em confronto com a polícia em 2017.

Outro vereador também é investigado por envolvimento no esquema. Um imóvel ligado a ele, localizado em Jaguarari, foi alvo de mandado de busca, com apreensão de celulares e documentos.

A operação começou em 2023 e revelou um esquema de lavagem de dinheiro sofisticado, com movimentações superiores a R$ 4,3 bilhões. O grupo usava empresas de fachada e contas em nome de terceiros para tentar ocultar a origem dos valores.

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