Presidente estadual do PSD, o senador Otto Alencar reforçou, neste último fim de semana, que o seu partido não abrirá mão de participar da chapa majoritária nas eleições de 2026. A declaração foi feita durante sessão solene na Câmara de Vereadores de Bom Jesus da Lapa, em homenagem ao senador Angelo Coronel (PSD), que, no último sábado (3), recebeu o título de cidadão lapense.
"Nós fomos no pior momento e nos bons momentos ao lado do PT. Nós somos e queremos ser, desde que a nossa representação dentro da chapa majoritária seja mantida", afirmou Otto. A fala ocorre em meio à disputa pelas duas vagas ao Senado em 2026, que tem como possíveis candidatos Jaques Wagner e Rui Costa, ambos do PT, além de Angelo Coronel, do PSD.
Otto contou ter conversado recentemente com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre o cenário político. “Nunca será uma imposição, sempre será o momento de se aguardar para tomar decisões”, disse. Segundo ele, Rui teria sinalizado que a palavra final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ontem (1º), em entrevista à rádio Metrópole, Otto defendeu o direito de Coronel de tentar a reeleição. “É claro que o PSD quer estar na chapa majoritária, sem absolutamente estar por imposição ou constrangendo quem quer que seja. É direito de reeleição do governador Jerônimo? É. De Geraldo Júnior? É. De Wagner? Também é do Angelo Coronel. Agora isso vai acontecer? Não sei, vamos conversar lá na frente”, declarou.
O senador Otto Alencar ainda minimizou a ansiedade em torno da formação da chapa da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), dizendo que a decisão será tomada apenas no momento adequado.
Congresso
Na mesma entrevista, Otto, que preside a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, garantiu que não serão aprovados projetos de blindagem parlamentar e de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a outros réus do episódio ocorrido no 8 de janeiro de 2023. Ele também comentou a ocupação das mesas diretoras do Senado e da Câmara, ocorrida em agosto, episódio que impulsionou a chamada PEC da Blindagem.
Segundo Otto, o episódio evidenciou perda de força do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos). “Ao ponto de ele querer levar esse projeto da blindagem, que é uma coisa que a extrema-direita quer. Ele tentou fazer, mas a reação foi muito grande, inclusive minha e de outros setores", contou.
"Eu disse logo que eu não aceitaria isso, que não passaria na CCJ. Como também, se chegar no Senado Federal a anistia [para os envolvidos no 8 de janeiro] lá na comissão, eu não colocarei em votação”, garantiu. Para o senador, só não houve um golpe de Estado porque os atos ficaram restritos a Brasília.
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