Membros do governo Lula e aliados acreditam que o lobby de empresas de bandeiras de cartão de crédito e de big techs está por trás da pressão dos Estados Unidos sobre o Pix.
Na investigação comercial aberta pelo governo Donald Trump contra o Brasil, o Pix virou alvo como uma possível prática desleal do país em relação a serviços de pagamentos eletrônicos.
Segundo auxiliares ouvidos pelo jornal Folha de S. Paulo, a estratégia do governo será defender o Pix. Um deles disse que a população virá junto com o governo no apoio ao sistema, dada a sua popularidade.
A rapidez com que o Pix foi adotado pelos brasileiros impactou o negócio de plásticos, como são chamados os cartões no mercado bancário, com representantes como Visa e a Mastercard.
O governo Lula busca se tornar menos dependente da moeda americana em transações internacionais, desenvolvendo mecanismos de transferências sem a moeda dos EUA com a China.
Além disso, o Banco Central brasileiro abriu o código fonte do Pix para autoridades monetárias de outros países. A Colômbia, por exemplo, aderiu aos pagamentos instantâneos com base na experiência brasileira.
Peru, Chile e México também estudam a adoção. Além disso, China e Índia já possuem sistemas semelhantes operados por entes privados.
Dados do Banco Central mostram que o avanço dos cartões no mercado brasileiro perdeu ímpeto após a implantação do Pix, especialmente na modalidade débito, substituída pelos pagamentos instantâneos.
Outra ameaça ao setor é o Pix parcelado, uma espécie de empréstimo pessoal com juros menores, que permite ao cliente pagar à vista no Pix, mas arcar com o custo em parcelas mensais junto ao banco.
Para o governo, por trás da pressão liderada pelo governo de Donald Trump, há também uma intenção em discutir a privatização do Pix.
Antes do lançamento do Pix, em 2020, o Banco Central retardou o aval ao WhatsApp Pay, uma funcionalidade do aplicativo de conversas que permite enviar e receber dinheiro entre usuários diretamente pelo app, inicialmente operado pela empresa de maquininhas Cielo.
Quando a autorização veio, o Pix já havia tido enorme sucesso, o que causou descontentamento à Meta, dona de várias plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp, que havia investido pesado na sua funcionalidade de pagamento instantâneo.
O incômodo de integrantes do setor de cartões aumentou com a agenda de produtos e funcionalidades associados ao Pix implementada pelo BC brasileiro, caso do Pix Garantia (que permite uso de recebíveis pelo sistema como garantia de crédito), Pix Parcelado e Pix Automático (pagamentos recorrentes).
Procuradas, as bandeiras de cartões se manifestaram via Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).
“A Abecs tomou conhecimento e está avaliando e acompanhando, juntamente aos seus associados, os desdobramentos do tema com atenção dentro de sua esfera de atuação”, diz em nota.
Procurados, Meta e Banco Central disseram que não vão comentar.
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