O novo estudo realizado pela Oxfam Brasil, uma organização britânica que trabalha no combate à desigualdade, foi divulgado nesta quinta-feira (10), pelo jornal O Globo e diz que as pessoas pobres no Brasil pagam três vezes mais impostos do que os super-ricos.
Esse fator respinga justamente nas mulheres negras, o que evidencia ainda mais a questão da desigualdade social existente na sociedade brasileira historicamente. Os resultados deste estudo foram divulgados nesta quinta-feira na Câmara dos Deputados, pela Frente Parlamentar Mista pelo Combate às Desigualdades.
Este documento é chamado de “Arqueologia da Regressividade Tributária no Brasil” e tem como função revisar a regressividade do sistema tributário no Brasil e sugerir rever os benefícios fiscais para os mais ricos e mostrar o peso das distorções das questões raciais do modelo atual. Os 10% mais pobres têm 32% da sua renda comprometida com tributos e os 0,1% mais ricos têm apenas 10%.
Países desenvolvidos tributam mais renda e patrimônio. O Brasil fica dependente dos impostos sobre consumo, o que afeta a maior parte da população que gasta em bens essenciais como: alimentação.
A carga tributária indireta, que diz respeito sobre o consumo, é muito mais acentuada em famílias comandadas por pessoas negras. E esses núcleos pagam cerca de 10,8% da sua renda nestes tributos, já as por pessoas brancas gastam quase 9,7%
A Oxfam diz que a falta dessa justiça na estrutura tributária fortalece as estruturas de concentração de renda e a desigualdade racial: 1,1 trilhão de reais em renda está com 0,15% da população mais rica e isso concentra 14,1% do total das pessoas no Brasil.
Existe um padrão de etnia e sexo neste grupo de super-ricos: 81% são homens brancos, 19% são mulheres e 20% são pessoas negras ou pardas. Em contrapartida, as mulheres negras correspondem a 65% do comando de lares mais pobres.
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