O vereador Luiz Carlos (Republicanos) conversou com o site nesta terça-feira (4) sobre o projeto de autoria do vereador Cézar Leite (PL) que trata de discriminação a cristãos, a cristofobia, e apontou que ser uma realidade que este segmento da sociedade também sofre preconceito devido à fé que professam. O edil citou a polêmica envolvendo a cantora Claudia Leitte como uma das evidências disso; o tema foi discutido na Câmara Municipal de Salvador.
"O tema que nós abordamos hoje, o projeto Cristofobia. E eu trago na mesma esteira essa discussão porque os evangélicos são o tempo todo, em todos os lugares, discriminados. Muitas vezes esses números não aparecem - aparece só quando é de outras matrizes religiosas - porque o evangélico acaba seguindo o que disse seu mestre: 'quando bater em uma face, mostrai outra, não revidar, mas 'bem-aventurados quando forem perseguidos e humilhados', 'regozijai-vos'... então acaba que o cristão não tem fé para ir nestas redes de proteção manifestar a agressão que ele sofreu. Aí os índices aparecem apenas para quem é de outras matrizes e parece até que nós não somos discriminados, mas somos o tempo todo", disse Luiz Carlos.
O vereador citou que os festejos carnavalescos são também época em que símbolos cristãos são atacados. "Nos carnavais, sempre aparecem peças de pessoas famosas ou anônimas, ridicularizando Jesus, os cristãos, os objetos religiosos, símbolos religiosos que nós consideramos que são importantes e não acontece nada. Por recente, no Rio Grande do Sul, a gente viu episódio de alguém que ridiculariza, colocando Jesus como homossexual - ninguém tem nada contra o homossexual, qualquer um pode ter sua opção, identidade e até Deus vai respeitar isso porque ele fez o ser humano com um negócio chamado livre-arbítrio. Agora não dá para você fechar os olhos para isso; a gente precisa conversar", citou Luiz Carlos.
Luiz Carlos citou o caso da cantora Claudia Leitte para afirmar que a suposta perseguição a cristãos é uma realidade. "Claudia Leitte recentemente foi hostilizada e vem sofrendo aí diversos ataques porque botou o nome Yeshua, que quer dizer Jesus, na música. Que crime é esse? E se fosse o contrário? Nós estaríamos aplaudindo ou a sociedade estaria aplaudindo? Nós não queremos que ninguém seja discriminado, nós não queremos que ninguém sofra porque a discriminação dói muito mais às vezes do que um tapa. Mas a mesma dor que sente um de religião ou de religiões de matrizes diferentes é o que sente o cristão", defendeu o vereador.
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