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Economia Aumento

Aumento do óleo de cozinha preocupa baianos

A supervisora do IBGE apontou que a valorização do óleo está ligada a uma alta na demanda no mercado externo, especialmente para a fabricação de biodiesel.

12/12/2024 08h14
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia
Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia

O final de ano está trazendo preocupações para os baianos, especialmente com o aumento de itens essenciais. Desta vez, o óleo de cozinha, um item básico na alimentação de muitas famílias, têm sofrido aumentos significativos nos preços, pegando muitos de surpresa.

A equipe de reportagem da Tribuna da Bahia percorreu diversos mercados de Salvador para verificar os preços atualizados do óleo de cozinha. Em um dos estabelecimentos da capital baiana, os valores encontrados variaram bastante, com opções de óleo de cozinha custando entre R$ 9,19 e R$ 35,99. Outros preços registrados foram R$ 19,90, R$ 20,49, R$ 13,59 e R$ 11,19, refletindo a alta nos custos do produto essencial para muitas famílias baianas.

Mariana Viveiros, supervisora do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), explicou que o aumento do óleo de soja é um reflexo de uma valorização do produto no mercado global, que já vem ocorrendo desde setembro. “O óleo teve aumentos no passado, quando foi o vilão da inflação, mas agora está mais controlado", afirmou.

De acordo com Viveiros, o óleo de soja figura entre os produtos que mais aumentaram nos últimos meses, registrando uma alta de 11,56% apenas em novembro na Região Metropolitana de Salvador (RMS). No acumulado do ano, o aumento já ultrapassa os 21%, e em 12 meses, chega a 26,04%. Esses números colocam o óleo de soja entre os cinco produtos mais afetados pelas variações do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil.

Biodiesel

A supervisora do IBGE apontou que a valorização do óleo está ligada a uma alta na demanda no mercado externo, especialmente para a fabricação de biodiesel. “A matéria-prima para o óleo de cozinha, que é o grão de soja, também é usada para produzir biodiesel, o que tem elevado os preços”, explicou. Essa crescente demanda por biodiesel fez com que o preço do óleo de soja, matéria-prima do óleo de cozinha, aumentasse, repassando esse custo para os consumidores.

A alta do óleo de cozinha gerou insatisfação entre os consumidores, que se mostram cada vez mais preocupados com o impacto do aumento de preços em suas finanças. A dona de casa Maria Paula, expressou sua indignação com o cenário. "Onde vamos parar com tudo isso? Todos os dias é uma informação de que isso ou aquilo aumentou. É um verdadeiro absurdo!", desabafou.

Maria, que também faz questão de preparar a ceia de Natal com seus familiares, destacou a importância do óleo de cozinha no dia a dia das famílias, especialmente em datas comemorativas. "O óleo de cozinha serve até para preparar a ceia de Natal. É um insumo indispensável. Ou a gente compra, ou não celebramos. A situação está difícil", lamentou.

Ela também fez um alerta sobre o aumento de outros produtos. "Dezembro está pegando a gente de surpresa com tantos aumentos. O que vamos fazer, além de procurar uma forma de não ficar sem o essencial?", questionou.

Consumidores

Claudia Souza, outra dona de casa de Salvador, também criticou a escalada dos preços. “O problema não é só o aumento do óleo. O problema é que tudo está aumentando! O dinheiro de quem consegue acompanhar? Porque o meu, não consegue”, desabafou.

Ela ressaltou ainda a difícil situação das famílias diante das constantes altas. "A gente não tem muito para onde correr. Vamos ter que colocar a roupa de sapo e lidar com todos os aumentos. O importante é que não falte alimento na nossa ceia de Natal por causa do aumento de nada", afirmou Cláudia, com um tom de resignação.

Os aumentos no preço do óleo de cozinha, assim como o de outros produtos essenciais, têm levado as famílias baianas a repensarem seu orçamento. A pressão sobre o bolso dos consumidores aumenta à medida que as festas de fim de ano se aproximam, com muitos precisando ajustar suas compras e cortar custos em outros itens para conseguir manter a alimentação básica. 

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