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Bahia tem mais de 320 empresas inadimplentes; país bate recorde, com 7,1 milhões

Das 7,1 milhões de companhias negativadas em janeiro, 6,6 milhões eram micro e pequenas porte.

07/03/2025 08h56
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Tânia Rego / Agência Brasil
Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

Um levantamento divulgado pela Serasa Experian revela que, em janeiro deste ano, o país atingiu recorde em inadimplência, com 7,1 milhões de negócios “no vermelho”, o que representa 31,4% do total de empresas brasileiras. A Bahia figura em sexto lugar em quantidade de negócios e mantém o posto do estado nordestino líder do ranking nacional, com 320.671 CNPJs nesta situação, um aumento de 1,4% em comparação a dezembro de 2024.

Proporcionalmente, a quantidade de empresas baianas com contas em atraso projeta o estado à 13ª colocação no ranking nacional, com 30,2%, com mais de R$ 5 bilhões em dívidas negativadas e valor médio de R$ 15.858,54. Alagoas lidera (41,1%), seguido do Distrito Federal (39,9%), Pará (39,3%) e Amapá (38,5%).

Segundo a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, esse aumento na inadimplência pode ser atribuído ao aumento das taxas de juros. “Com a elevação dos juros, o custo do crédito para as empresas também sobe, tornando o financiamento mais caro e difícil de obter. Isso impacta diretamente a capacidade das companhias de gerenciar seu fluxo de caixa e cumprir suas obrigações financeiras”, explica a especialista.

Em todo o país, o setor de “Serviços” representou a maior parte das empresas com compromissos negativados (52,4%); em seguida, ficou o “Comércio” com 35,3% e “Indústrias” com 8,0%. O grupo "Outros", que inclui o segmento Financeiro e o Terceiro Setor, representou 3,3%, enquanto o setor "Primário" ficou com 1,0%.

Ainda segundo a Serasa, em relação ao setor das dívidas, a categoria “Serviços” representou a maior parte delas (31,7%), seguida por “Bancos e Cartões” (20,5%). Abdelmalack acrescenta que o impacto do aumento de juros pode resultar na diminuição da demanda por produtos e serviços, já que consumidores e outras empresas também enfrentam custos de crédito mais altos, resultando em menor receita para as empresas.

“Esse cenário cria um ciclo vicioso, onde a dificuldade de acesso a crédito e a redução de receitas levam a um aumento na inadimplência, afetando negativamente a saúde financeira das companhias”, explica a economista. E a Serasa aponta que os micros e pequenos negócios se destacam neste cenário.

Das 7,1 milhões de companhias negativadas em janeiro, 6,6 milhões eram micro e pequenas porte. Juntas, essas empresas somaram 45,8 milhões de dívidas, cujo valor total foi de R$ 133,9 bilhões. O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas contempla a quantidade de empresas brasileiras que estão em situação inadimplência, ou seja, possuem pelo menos um compromisso vencido e não pago, apurado no último dia do mês de referência.

Como informa a Serasa, as PMEs possuem um portal exclusivo para renegociação das suas dívidas com melhores condições, o Limpa Nome PJ. Neste portal, além das negociações é possível ter acesso a diversos outros serviços. Para consulta do seu Score PJ, realização de outras tarefas de gestão ou para limpar o CPNJ, o empresário deve acessar: https://empresas.serasaexperian.com.br/limpa-nome. 

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