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Economia Dólar

Dólar recua com otimismo do mercado por tramitação do pacote fiscal no Congresso

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo subiu 0,39 por cento em novembro, após alta de 0,56 por cento no mês anterior.

10/12/2024 13h41
Por: Karoliny Dias Fonte: Bahia.ba
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

O dólar operou com desvalorização ante o real nesta terça-feira (10), mas ainda acima de 6,06 reais, com o mercado se mostrando mais otimista pela tramitação do pacote fiscal do governo no Congresso enquanto analisava dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro praticamente em linha com o esperado, de acordo com informações do portal InfoMoney.

O IPCA subiu 0,39 por cento em novembro, após alta de 0,56 por cento no mês anterior. No acumulado de 12 meses até novembro, o IPCA teve alta de 4,87 por cento, contra alta 4,76 por cento do mês anterior.

Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,37 por cento em novembro, acumulando em 12 meses alta de 4,85 por cento.

 

Qual é a cotação do dólar hoje?

Às 10h16, o dólar à vista operava em baixa de 0,24%, cotado a R$ 6,067 na compra e R$ 6,068 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,42%, a 6,067 pontos.

Na segunda-feira, o dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,09%, cotado a 6,08225 reais — no maior valor nominal de fechamento da história.

O Banco Central (BC) fará nesta sessão leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025.

 

Dólar comercial

Compra: R$ 6,067

Venda: R$ 6,068

 

Dólar turismo

Compra: R$ 6,049

Venda: R$ 6,229

 

O que acontece com dólar hoje?

Investidores reagiam ao noticiário da noite de segunda-feira, que afastou um pouco os temores de que as medidas de contenção de gastos do governo possam ficar travadas no Congresso até o próximo ano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pachego (PSD-MG), na véspera para resolver uma impasse sobre o repasse de emendas parlamentares.

Uma decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs condições para o pagamento das emendas, teria desagradado os parlamentares, o que ameaçava a tramitação do pacote fiscal no Congresso.

A informação foi mal recebida pelo mercado. O dólar à vista encerrou a segunda-feira em alta de 0,09%, cotado a 6,08225 reais — no maior valor nominal de fechamento da história, apesar dos ganhos de divisas emergentes no exterior.

No entanto, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também se reuniu com Pacheco, um encaminhamento do presidente Lula à questão atendeu a pedidos sobre o tema.

“A questão fiscal agora é problema político… Parece que o Arthur Lira sinalizou que pode destravar o pacote fiscal, mas quer que o governo resolva o impasse das emendas”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

Na curva de juros, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) devolviam os fortes ganhos da véspera, refletindo também o maior otimismo do mercado com a tramitação do pacote fiscal.

Na frente de dados, as atenções dos investidores estavam voltadas para a divulgação de novos números sobre a inflação ao consumidor no país. O IBGE informou que o IPCA registrou alta de 0,39% na base mensal em novembro, desacelerando em relação ao avanço de 0,56% em outubro.

Economistas consultados pela Reuters projetavam uma alta de 0,37% para o mês. Em 12 meses, o índice teve avanço de 4,87%, ante 4,76% em outubro.

Pelo segundo mês consecutivo, o IPCA ficou acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central — com centro de 3% e uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Segundo analistas, o resultado, apesar de ficar praticamente dentro do esperado, enfatiza ainda mais o alerta com um cenário de descontrole inflacionário no país, que já vinha sendo mostrado com a crescente desancoragem das expectativas de inflação do mercado.

Dessa forma, a consequência deve ser uma aceleração no ritmo de aperto monetário pelo Copom, que anuncia sua última decisão de juros do ano na quarta-feira.

“Esse dado do IPCA e a sua composição particularmente ruim devem reforçar as expectativas de que o Copom vai adotar uma postura mais rígida na decisão de amanhã”, pontuou Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

Operadores colocam 76% de chance de uma alta de 1 ponto percentual na Selic, atualmente em 11,25%, na quarta-feira, contra 24% de probabilidade de um aumento de 0,75 ponto.

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