No terceiro trimestre de 2024, a taxa de desemprego na Bahia caiu para 9,7%, um avanço em relação ao 2º trimestre, quando a taxa foi de 11,1%. Este foi o menor índice para um terceiro trimestre desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012. Comparado a outros períodos, foi também a segunda taxa de desocupação mais baixa da história do estado, ficando atrás apenas da registrada no 4º trimestre de 2013, que foi de 9,1%. Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, a taxa de desemprego na Bahia ainda permanece como a segunda maior do Brasil, superada apenas por Pernambuco, que registra uma taxa de 10,5%. Esse índice continua bem acima da média nacional, que é de 6,4%.
Em Salvador, a taxa de desemprego foi ainda mais alta, atingindo 11,0% no terceiro trimestre de 2024, embora tenha diminuído em relação ao trimestre anterior, quando chegou a 15,0%. Este foi o menor índice para um terceiro trimestre desde 2012, quando o índice foi de 9,6%. No entanto, Salvador manteve-se com a maior taxa de desocupação entre as capitais brasileiras, já registrando esse posto pelo quinto trimestre consecutivo.
A Região Metropolitana de Salvador (RMS) teve a taxa de desemprego mais elevada entre as regiões metropolitanas do país, com 12,9% no terceiro trimestre de 2024. Apesar de uma queda em relação ao 2º trimestre, quando a taxa foi de 15,0%, o índice na RMS ainda se manteve acima da média das outras áreas metropolitanas. Esse foi o melhor resultado para um terceiro trimestre desde 2013, quando a taxa foi de 12,7%.
A taxa de desocupação é um indicador que mede a porcentagem de pessoas desocupadas – aquelas que não estavam trabalhando, mas procuraram emprego. Esse dado inclui pessoas que estão ativamente buscando trabalho e representa uma proporção da força de trabalho, que é composta tanto pelos ocupados quanto pelos desocupados.
Mariana Viveiros, supervisora do IBGE, destacou que a queda na taxa de desemprego foi um avanço significativo, resultante de dois fatores muito positivos. O primeiro foi o aumento no número de pessoas empregadas, que atingiu um recorde histórico para o terceiro trimestre no estado. O segundo foi a redução importante no número de pessoas desocupadas, ou seja, aquelas que estão ativamente buscando emprego, desejam trabalhar e têm condições de trabalhar, mas ainda não conseguem encontrar uma vaga.
A redução da taxa de desemprego na Bahia no terceiro trimestre de 2024 foi resultado de dois fatores positivos: o aumento no número de pessoas trabalhando e a queda no número de desocupados. Ambos os indicadores atingiram recordes históricos para o terceiro trimestre da série, iniciada em 2012.
No período de julho a setembro de 2024, a população ocupada na Bahia alcançou 6,344 milhões de pessoas, representando um aumento de 3,0% em relação ao trimestre anterior (6,159 milhões), ou seja, 185 mil novos empregos. Em comparação ao terceiro trimestre de 2023 (6,138 milhões), o aumento foi de 3,4%, com um saldo positivo de 206 mil novos trabalhadores.
Por outro lado, a população desocupada na Bahia, que corresponde às pessoas que procuraram trabalho ativamente, caiu 11,4% em relação ao 2º trimestre, reduzindo-se para 681 mil pessoas – o menor número registrado para um terceiro trimestre na história da série. Frente ao mesmo período de 2023, o número de desocupados caiu ainda mais, com uma redução de 27,8%, representando 262 mil pessoas a menos procurando trabalho.
Outro dado relevante foi a queda na população fora da força de trabalho (pessoas que não estavam trabalhando e nem procurando emprego). Entre o 2º e o 3º trimestres de 2024, esse número caiu 0,5%, de 5,314 milhões para 5,287 milhões. Porém, se comparado ao 3º trimestre de 2023, houve um aumento de 3,4%, com mais 175 mil pessoas fora da força de trabalho.
Apesar da melhora no número de trabalhadores ocupados e da redução no número de desocupados, a Bahia segue com o maior número absoluto de desalentados do país. Pessoas desalentadas são aquelas que estão fora da força de trabalho por diversos motivos, como falta de oportunidades ou experiência, mas que estariam disponíveis para trabalhar caso uma vaga surgisse.
Em 2024, o número de desalentados na Bahia cresceu 5,3% entre o 2º e o 3º trimestres, chegando a 553 mil pessoas. Entretanto, na comparação com o terceiro trimestre de 2023, esse número caiu 3,7%, ou seja, menos 21 mil pessoas desalentadas.
No cenário nacional, o Brasil apresentou uma redução no número de desalentados em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2023. A Bahia, no entanto, continua sendo a unidade federativa com o maior número absoluto de pessoas desalentadas, o que destaca a persistência de desafios no mercado de trabalho no estado.
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