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Bahia Novembro Negro

PGE-BA inaugura espaço com ação de combate ao racismo estrutural

Iniciativa é um convite para análise de atitudes e práticas cotidianas racistas.

09/11/2024 08h21
Por: Karoliny Dias Fonte: A Tarde
Visitantes encontram mensagens nos degraus que instigam a autoavaliação sobre o que significa ser antirracista - Foto: Raphael Muller / Ag. A TARDE
Visitantes encontram mensagens nos degraus que instigam a autoavaliação sobre o que significa ser antirracista - Foto: Raphael Muller / Ag. A TARDE

Na programação do Novembro Negro, a Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE-BA) inaugurou o “Degraus da Reflexão”, um espaço inovador para fomentar o diálogo sobre a luta antirracista e a inclusão. A iniciativa, lançada no Centro Administrativo da Bahia, ontem, é um convite para análise de atitudes e práticas cotidianas que contribuem para o racismo estrutural.

Ao adentrar o espaço, os visitantes encontram frases e mensagens em cada degrau, que instigam a autoavaliação sobre o que significa ser verdadeiramente antirracista. “Embora muitas pessoas se considerem antirracistas, é comum que, no cotidiano, não percebam os comportamentos racistas que praticam. Queremos que essa reflexão extrapole a instituição e influencie nossas práticas e pareceres como órgão assessor do Estado”, explica Adriano Ferreira da Silva, procurador e integrante do Comitê de Equidade da PGE-BA.

Para Barbara Carmadelli, procuradora-geral da PGE-BA, a instituição tem uma responsabilidade social conectando o direito à realidade. “Precisamos aplicar o direito de forma que reflita e participe da sociedade em que estamos que precisa ser cada vez mais inclusiva e antirracista”.

Adriano Ferreira destaca ainda que o Novembro Negro é uma oportunidade para dar mais visibilidade ao debate racial, mas reforça que o trabalho é constante. “Ações antirracistas não devem se limitar ao mês de novembro. Precisam ser um compromisso diário”, diz.

A programação do Novembro Negro na PGE-BA inclui exposições fotográficas, rodas de conversa com autores negros, sessões de cinema e discussões com produtores de filmes que tratam da temática racial.

Entre as pessoas que circulavam pela escada, estava a servidora Alessandra Cristobal, analista de procuradoria e coordenadora do Núcleo de Demanda de Massa que compartilhou seu entusiasmo. “Isso nos faz repensar como estamos tratando as pessoas ao nosso redor, se nosso comportamento realmente reflete o que acreditamos ser justo e correto”, comentou Alessandra.

Essa iniciativa se soma a outras ações realizadas pela PGE-BA em anos anteriores, como o projeto Gameleira, criado em 2016, que abriu portas para discussões antirracistas dentro da instituição. No centro do debate promovido pela PGE-BA está a necessidade de reconhecer a diversidade como fundamental para a sociedade e para o setor público.

O “Degraus da Reflexão” e as outras ações do Novembro Negro na PGE-BA destacam-se por oferecerem uma plataforma de transformação e engajamento que extrapola o discurso.

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