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Outubro Rosa: urologista alerta para os riscos do câncer de mama em homens e a importância da prevenção

A prevenção para esse  público, conforme o cirurgião urologista Dr. Eduardo Cerqueira, é um assunto que se faz urgente, uma vez que a doença também é uma realidade para essa população. 

10/10/2024 12h47
Por: Karoliny Dias Fonte: Assessoria / Adriana Matos

Foto: Divulgação

O mês de outubro é todo voltado para a campanha de prevenção ao Câncer de Mama. O Outubro Rosa ganha grande importância no Brasil, principalmente, pois, excluídos os tumores de pele não melanoma, esse tipo de tumor é o mais incidente em mulheres de todas as regiões. De acordo com INCA – Instituto Nacional de Câncer , para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 73.610 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres. Mas, e os homens?   A prevenção para esse  público, conforme o cirurgião urologista Dr. Eduardo Cerqueira, é um assunto que se faz urgente, uma vez que a doença também é uma realidade para essa população. 

Dr. Eduardo Cerqueira - Foto: Divulgação 

“Infelizmente, o câncer de mama em homens, apesar de representar 1% dos casos registrados da doença no país, é geralmente descoberto em fase mais avançada do que em mulheres. Uma das causas desse atraso na descoberta é justamente a não prevenção”, sinalizou Dr. Eduardo Cerqueira. Segundo o especialista, a maioria dos casos diagnosticados na população masculina trata-se do tipo carcinoma ductal, que é um tumor derivado das células que revestem os ductos mamários. Conforme o cirurgião urologista, esse tipo de tumor representa cerca  de 80% a 90% dos cânceres de mama. “Esse tipo de câncer tem pior prognóstico em relação a outros tipos de câncer”, alertou o especialista.

Dr. Eduardo Cerqueira enfatiza que os sintomas do câncer de mama em homens são semelhantes aos das mulheres, ou seja, é preciso ficar atento para dores persistentes na mama e mudanças nos mamilos, a exemplo da inversão (quando o bico do peito fica plano ou virado para dentro) ou secreção mamária. Também é preciso ficar atento à presença de nódulo palpável na mama ou na axila. Geralmente, em homens, o diagnóstico inicial se dá justamente no consultório do médico urologista, a partir de alguma sinalização do paciente acerca de tais sintomas ou pelo próprio profissional. 

“O mais comum é solicitarmos  os exames de imagem, como mamografia e ultrassonagrafia, por conta da anamnese (entrevista feita junto ao paciente) ou exame clínico. Os homens ainda resistem ao autoexame, pouco ou não fazem. E a prevenção e o diagnóstico precoce serão definitivos para uma maior chance de cura”, salientou o urologista. Dr. Eduardo Cerqueira O médico acredita que  o fato de se tratar de uma doença rara pode explicar a questão de poucos homens terem conhecimento sobre esse tipo de câncer. Além disso, ainda existe muito preconceito na hora de buscar ajuda médica. " É preciso, portanto, ficar atento a qualquer mudança no corpo e buscar ajuda especializada”, afirmou. 

As  principais causas de câncer entre os homens são fatores ligados à obesidade e ao uso excessivo de bebidas alcoólicas. Além disso, o fator idade também é um ponto importante a ser considerado, uma vez que a doença acomete homens mais velhos a partir de 60 anos. Mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, PTEN, P53 e CHEK2 também aumentam o risco de câncer de mama em homens. Se o câncer hereditário na mulher corresponde a 10% de todos os casos, no sexo masculino, a forma hereditária chega a 40% dos casos. "Por isso, a necessidade de investigação precoce tendo casos de câncer na família", sinalizou.  De acordo com números do Inca, no triênio 2023 a 2025, são esperados, 15.690 casos de câncer de mama em homens na Região Nordeste,  4.230 casos somente na Bahia.

O tratamento do câncer de mama masculino é feito por meio da cirurgia de mama, porém, o profissional que acompanha o paciente avalia a necessidade de quimioterapia e radioterapia para cada caso. Se o tumor tiver receptor de estrogênio positivo, também é realizada a hormonioterapia. O urologista, após o diagnóstico, faz o encaminhamento para os profissionais responsáveis por esse tipo de tratamento: o mastologista,  que trabalhará com o oncologista clínico e, caso necessário, um radioterapeuta.

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