O início de outubro traz, consigo, a mudança da bandeira tarifária da conta de luz e, frente a este cenário, o consumidor brasileiro é orientado a intensificar as medidas para poupar energia elétrica. Aqueles minutos a mais no banho quente ou o conforto do ar-condicionado deverão pesar ainda mais nas contas do mês, isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou a alteração da bandeira tarifária para a vermelha, patamar 2, a partir desta terça-feira (1).
Na prática, passam a ser cobrados R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Este é o patamar máximo e representa cobrança complementar na conta de luz para os consumidores de energia elétrica conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Segundo a ANEEL, o sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. De forma ilustrativa, a bandeira verde sinaliza boas condições de geração; a amarela é sinal de alerta; enquanto a vermelha indica condições de geração ruins ou muito ruins.
A agência explica ainda que o custo variável da produção de energia varia em razão de fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas. Como justificativa, portanto, para o aumento de patamar nesta terça-feira (1), estão: o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) que foram influenciados pelas previsões de baixa afluência para os reservatórios das hidrelétricas e pela elevação do preço do mercado de energia elétrica ao longo do mês de outubro.
Para quem analisa com atenção as contas de energia, a mudança das bandeiras tem sido frequente. A dona de casa Cristina Santos percebeu a bandeira vermelha já na conta deste mês e “apertou os cintos” em casa, reduzindo o uso de aparelhos como o micro-ondas e o ferro de passar roupas.
A sequência de bandeiras verdes foi iniciada em abril de 2022 e interrompida em julho de 2024 com bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto e a vermelha, patamar 1, em setembro. Neste cenário, a conscientização e o uso responsável da energia elétrica, mesmo em períodos favoráveis, são aconselháveis.
Com a bandeira vermelha no patamar máximo, poupar energia é principal orientação da agência e, conforme dicas da Neoenergia, isso é possível a partir do uso racional de aparelhos domésticos e uso de lâmpadas LED, que chegam a economizar cerca de 80% de energia elétrica. Confira outras orientações:
- Evite o uso do chuveiro elétrico durante o verão. Mas se não conseguir deixar o banho quentinho de lado, coloque o chuveiro elétrico na posição verão. Quanto mais alta a temperatura da água, maior o consumo;
- Ajuste a temperatura do ar-condicionado para 23°C. Utilize o timer (temporizador) e evite o funcionamento desnecessário do equipamento;
- Após a refrigeração do cômodo, o consumidor pode recorrer aos ventiladores, para manter o clima agradável. É importante lembrar da limpeza regular desses equipamentos. Além de higiênica, a medida contribui para um desempenho mais econômico;
- No caso das geladeiras, quando em mau estado de conservação, elas chegam a representar 30% do consumo de uma residência. Além disso, freezers e geladeiras devem ser instalados em locais ventilados, com espaço mínimo de 15 centímetros de paredes e armários. É importante observar periodicamente a borracha de vedação que, uma vez ressecada, causa um grande desperdício de energia;
- Fornos e ferros elétricos somente devem ser usados quando necessário. É importante otimizar esses equipamentos, para aproveitar o calor, evitando desligar e reaquecer o aparelho com frequência;
- Se organize para usar a máquina de lavar uma vez por semana, reunindo todas as roupas de cama, mesa e banho que precisam ser lavadas.
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