A Bahia tem sido recentemente identificada como uma das regiões com os maiores quantitativos de casos de Mpox no Brasil, doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos. De acordo com o informe semanal do Ministério da Saúde, de janeiro até a primeira semana de setembro, foram registrados 1.015 casos prováveis ou confirmados da doença. O estado destaca-se entre as regiões mais afetadas, com 40 casos registrados até o momento.
O Brasil superou a marca de mil casos de Mpox. O número de casos da doença já ultrapassou o total notificado em todo o ano de 2023, quando aproximadamente 800 ocorrências foram contabilizadas no país. O perfil dos casos confirma uma predominância entre homens, com mais de 900 infecções na faixa etária de 18 a 39 anos. Apenas um caso foi registrado em crianças de até quatro anos, e nenhum caso foi registrado em gestantes até agora.
A infectologista Lorena Galvão, do Hospital da Bahia e Santa Izabel, atribui o aumento à continuidade da circulação do vírus desde 2022. Ela explica que mutações no vírus podem torná-lo mais transmissível e que, enquanto o vírus continuar a circular e as pessoas continuarem a se expor, o risco de contaminação persistirá.
Embora não tenha sido identificado um novo quadro mais grave, como o que tem circulado na República Democrática do Congo e que causa casos mais graves e com maior potencial de transmissão, Galvão observa que fatores climáticos e aglomerações, especialmente no inverno, podem contribuir para a disseminação do vírus. A transmissão pode ocorrer por contato íntimo, mas também pode se dar através de secreções respiratórias.
Para conter a disseminação, a especialista recomenda que indivíduos com sintomas suspeitos permaneçam isolados até que a possibilidade da doença seja descartada. A higiene das mãos, o uso de álcool em gel ou água e sabão, e evitar contato com pessoas com sintomas suspeitos são medidas essenciais. Além disso, a vacinação de bloqueio é indicada para pessoas que tiveram contato com casos confirmados, profissionais de saúde que trabalham com Mpox, e pessoas com HIV/AIDS e imunidade comprometida.
Galvão também destaca a importância do uso de preservativos durante relações sexuais, boa higiene das mãos e o isolamento de indivíduos com sintomas suspeitos. Os sintomas típicos da doença incluem febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, e erupções cutâneas que começam como manchas vermelhas, evoluem para caroços, bolhas e pústulas, e eventualmente formam crostas.
Segundo o Ministério da Saúde, até o momento, não foram registrados casos de mortes por mpox no Brasil em 2024. Além disso, a nova variante 1b da doença, identificada pela primeira vez em setembro do ano passado na República Democrática do Congo, também não foi notificada no país.
MP Provedor da Santa Casa de Cachoeira rebate informação contida em despacho da Promotoria de Justiça
Saúde Hospital Ortopédico da Bahia realiza novo transplante de tecido musculoesquelético
Saúde Novembro Azul: Secretaria de Saúde vai intensificar ações de prevenção ao câncer de próstata
Novembro Azul Bahia registra a segunda maior incidência de câncer de próstata no país
Variantes do HIV Cientistas alemães descobrem anticorpo que neutraliza 98% das variantes do HIV
Saúde Fundação Hospitalar realizou o 5º Mutirão de Gigantomastia neste sábado (1) 
Mín. 20° Máx. 35°
Mín. 21° Máx. 35°
Tempo nubladoMín. 21° Máx. 36°
Tempo nublado



