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Enquanto governo é criticado por falta de articulação, Rui recebe 1 prefeito baiano a cada 2 dias

Apesar de Rui ser considerado um dos ministros que mais trabalham, dentro do governo já há quem diga que a Casa Civil virou uma "República da Bahia".

06/05/2024 10h21
Por: Karoliny Dias Fonte: Bahia.Ba
Foto: Reprodução / Redes sociais
Foto: Reprodução / Redes sociais

Em meio às críticas por falta de articulação no governo federal, incluindo bronca do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro Rui Costa (PT-BA), da Casa Civil, tem priorizado a Bahia em suas agendas.

Conforme a Folha de S. Paulo, em 2024 o petista que comanda a pasta responsável pelo Novo PAC, tido como principal vitrine do terceiro mandato de Lula, recebeu em seu gabinete 43 prefeitos baianos, todos da base aliada e de municípios de pequeno e médio porte.

Segundo o jornal, desde que assumiu o cargo de ministro, o ex-governador da Bahia já se reuniu com 114 prefeitos baianos, o que representa mais de 25% do total de municípios do estado.

Ainda de acordo com a publicação, o espaço destinado aos prefeitos na agenda do petista supera o reservado a muitos ministros da Esplanada. Segundo a agenda oficial do chefe da Casa Civil, em 2024 não constam, por exemplo, reuniões com Silvio Almeida (Direitos Humanos), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Márcio França (Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte).

Dentro do governo, segundo a Folha, já há quem diga que a Casa Civil virou uma “República da Bahia”, diante da relevância do estado no ministério e da presença de baianos nos diferentes escalões, incluindo secretários e assessores mais próximos de Rui.

As críticas à priorização de assuntos da Bahia por parte do petista ocorrem apesar de interlocutores do governo admitirem que ele é “um dos ministros que mais trabalham”. De acordo com auxiliares do ministro, as agendas ocorrem normalmente no início do dia, por volta das 8h, ou à noite, perto das 21h, depois que Lula deixou o palácio.

Aliados de Rui Costa, por sua vez, avaliam que a agenda majoritariamente baiana se dá em decorrência dos oito anos em que ele comandou o governo do estado. Além de apontar como “praxe” o tipo de encontro, eles avaliam que as movimentações do ministro visam fins eleitorais, como uma vaga no Senado.

O entorno do ex-governador aponta também que as agendas são importantes do ponto de vista simbólico. Na avaliação dos aliados, o ministro não pode se afastar da base, visto que ela é importante não só para o próprio Rui, mas para o PT e para Lula, lembrando que o partido levou 60 dos 417 municípios baianos em 2022.

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