Questionado sobre se teria tomado conhecimento da operação da Polícia Federal em Feira de Santana, onde cinco policiais militares foram suspensos das atividades públicas, Jerônimo disse que soube do seu resultado. A PF deflagrou a Operação Hybris, realizada nesta terça-feira (9). Os policiais são suspeitos de participar de um grupo criminoso que fazia lavagem de dinheiro no município de Feira de Santana, no centro-norte baiano e também em outras cidades circunvizinhas. Dentre os militares está um Tenente-Coronel.
Conforme o governador, a Polícia Militar foi convidada para dar apoio a PF na operação. “Todos os servidores públicos que não andarem na linha terão que responder na Justiça, não é com o governador. Todo o apoio a PF para que esses servidores entendam que, quem anda errado tem que pagar a sua conta”.
A operação
O objetivo da operação é desmontar uma organização criminosa que fazia lavagem de dinheiro por meio de jogo do bicho, extorsão, agiotagem, receptação qualificada, ou seja, receber algo que é de origem criminosa, além de outras infrações penais. No total, 17 mandados de busca e apreensão e outro de prisão preventiva foram cumpridos. Cerca de R$4 milhões da conta dos suspeitos foram bloqueados.
De acordo com o Ministério Público da Bahia (MPBA), as investigações revelaram que os policiais eram responsáveis pela segurança das atividades ilícitas do grupo, além de dissimular valores decorrentes de infrações penais. Além disso, a Receita Federal elaborou relatórios que apontou diversas inconsistências fiscais dos envolvidos, movimentação financeira incompatível, além de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro.
A Operação Hybris dá continuidade à Operação El Patrón que aconteceu em dezembro de 2023. Na época, a operação efetuou 10 mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueou mais de R$200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, e suspendeu atividades econômicas de pelo menos seis empresas. O principal alvo da Operação El Patrón foi o deputado estadual Binho Galinha.
Na manhã de ontem (9), a esposa do deputado, Mariana Cerqueira, que havia recebido o benefício de prisão domiciliar em dezembro do ano passado, voltou a ser presa depois que as investigações apontaram que essa prisão era necessária. A decisão foi acatada pelo Poder Judiciário. Caso os investigados pelos crimes sejam condenados, estarão sujeitos à penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.
A Operação Hybris foi deflagrada em conjunto pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), pela Polícia Federal, pela Receita Federal e pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), através da Corregedoria (Coger) e da Força Correcional Especial Integrada (Force). Além disso, a operação contou também com o apoio do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI).
Nota à imprensa
O deputado estadual Binho Galinha enviou uma nota a imprensa. Nela, ele diz que está a disposição da Justiça para esclarecer os fatos envolvendo seu nome e o de seus familiares nas questões pendentes. Veja a nota abaixo:
NOTA À IMPRENSA
O deputado estadual Binho Galinha (Patriota) se manifesta para afirmar que está à disposição da Justiça para esclarecer os fatos envolvendo seu nome e de familiares na operação denominada de “El Patron”, deflagrada pela Polícia Federal.
Binho Galinha ressalta, ainda, que tem acompanhado os desdobramentos das investigações com tranquilidade e colaborado com o Poder Judiciário.
Nesta terça-feira, durante mais uma fase da operação, o deputado Binho Galinha volta a afirmar que jamais praticou os crimes que estão sendo lhe atribuídos e que vai provar sua inocência na Justiça.
Binho Galinha
Deputado Estadual
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