Casarões residenciais, palacetes, prédios públicos, coretos, igrejas. São 16 as edificações tombadas pelo IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia), em Feira de Santana, que mantêm vivas as origens da Princesa do Sertão. Emancipado em 18 de setembro de 1833, o município completa 190 anos na próxima segunda-feira, motivo desta série especial de reportagens produzida pela Assessoria de Comunicação da Câmara. Um dos destaques deste acervo dos imóveis que remetem aos primórdios da cidade é a Igreja Nossa Senhora dos Remédios. Localizada no coração da cidade, na rua Conselheiro Franco, a Igreja dos Remédios, como popularmente conhecida, é um testemunho da arquitetura colonial que marcou a Bahia em séculos passados. Com construção estimada entre 1700 e 1705, é local de peregrinação e contemplação para moradores locais e visitantes.
Igualmente receptivo a um grande número de fiéis e turistas, a Igreja Senhor dos Passos está presente nos cartões postais que representam a cidade. O templo levou 58 anos para ter a construção concluída, entre 1921 e 1979. Com estilo arquitetônico eclético-neogótico, possui arcos apontados e vitrais representando os 12 apóstolos. Suas paredes externas são revestidas por argamassa com vidro moído, que lhe dão a aparência de pedra e remetem às construções da Europa medieval. No distrito Maria Quitéria - antigo São José das Itapororocas, encontra-se a Igreja Matriz de São José, construída em meados do século XVII por João Peixoto Viegas, a pedido de sua esposa, Joana de Sá Peixoto. Conforme o arquivo da Prefeitura de Feira de Santana, este seria o templo religioso mais antigo do município.
Ainda no campo religioso, mais um bem reconhecido pelo IPAC, a Catedral Metropolitana de Feira de Santana, mais conhecida como Igreja Matriz, na Praça Monsenhor Renato de Andrade Galvão, teve sua capela primitiva edificada entre 1732 e 1733, em terreno doado por Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandão. Dedicada a São Domingos e Senhora Sant’Ana, serviu como ponto de referência para a feira de gado, propulsora do povoamento da região. Após anos de reformas e ampliações, o templo foi elevado ao status de catedral em 2002, pelo então papa João Paulo II.
Erguido no início do século XX para funcionar o Grupo Escolar José Joaquim Seabra, o imóvel localizado na rua Conselheiro Franco se tornou Escola Normal, em 1927 (posteriormente Escola Normal Rural em 1935) e Faculdade de Educação em 1968. Abrigou o Seminário de Música de Feira de Santana em 1978, permanecendo assim até 1994, quando o imóvel passou a ser administrado pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), que instalou ali o o Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA) - o espaço também acolhe o Museu Regional de Artes.
Também no âmbito educacional, Feira de Santana mantém preservado, na avenida Senhor dos Passos, o imóvel onde hoje funciona o Arquivo Público Municipal. Com construção datada de 1917, pelo então intendente Agostinho Fróes da Motta, este foi o primeiro prédio construído na cidade para abrigar uma escola pública, denominada João Florêncio. Um ano depois, o mesmo intendente construiu a Escola Maria Quitéria, na rua Conselheiro Franco. Com mais de um século, a sua estrutura passou por apenas uma mudança física na fachada original. Na mesma rua, embora em condições precárias, resiste o prédio da Sociedade Filarmônica 25 de Março, primeira do gênero na cidade, construído em 1868.
Atualmente sob a responsabilidade da Fundação Senhor dos Passos e completamente restaurado, o palacete onde morou Agostinho é mais um imóvel da lista de tombamentos do IPAC nesta cidade. Construído no final do século XIX, o prédio está localizado na rua General Câmara e é popularmente conhecido como “Casarão dos Fróes da Motta”. Erguida em 1850, na rua Cabuçu, trecho do bairro Tanque da Nação na região do centro da cidade, a antiga residência do coronel João Pedreira, onde mais tarde funcionou a primeira sede da Santa Casa de Misericórdia, é mais um dos imóveis de relevância para a memória de Feira de Santana. Parte do casario foi reformada pelo Serviço Social do Comércio (SESC), que ali instalou restaurante e teatro, devendo o compromisso de reconstruir o restante daquele patrimônio cultural. Mais um prédio tombado pelo IPAC é o da Sociedade Filarmônica 25 de Março, primeira do gênero na cidade, construído em 1868, na rua Conselheiro Franco.
Inaugurado pelo então intendente Bernardino Bahia, o prédio do Mercado Municipal foi construído entre 1914 e 1915. Situado na Praça João Pedreira, o edifício é onde hoje funciona o Mercado de Arte Popular. Ao longo dos anos, passou por diversas reformas para a recuperação do piso, telhado e instalações elétricas e hidráulicas. Construído anos depois, entre 1921 e 1926, o palácio-sede da Prefeitura de Feira de Santana - Paço Municipal Maria Quitéria - também se mantém conservado, na avenida Senhor dos Passos - o imóvel já sediou o fórum, uma biblioteca e Posto de Higiene. Um painel do artista Lênio Braga, no Terminal Rodoviário de Feira de Santana, é mais um patrimônio da cultura local. Feita em 1967, a pintura retrata a cultura popular nordestina com referências à linguagem de cordel, ditos e crenças populares, como a lenda do bicho do Tomba.
Finalizando a relação dos imóveis tombados pelo IPAC neste Município, encontram-se preservados em sua estrutura os coretos das praças Bernardino Bahia, Matriz e Fróes da Mota. Outras edificações, que não se encontram sob o reconhecimento do IPAC, mas tombados pela Prefeitura Municipal, tem seu valor, para os feirenses. Um dos exemplos é o Casarão dos Olhos D'Água, como é chamado pela população o imóvel localizado naquele bairro e que teria sido construído por volta de 1820 pelo casal de fazendeiros Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandoa. Prédio também bastante famoso é o da sede da Câmara de Vereadores, na rua Visconde do Rio Branco, que começou a ser erguido no dia 11 de setembro de 1920.
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