A Prefeitura Municipal de Feira de Santana enviou a Câmara Municipal o Projeto de Lei de autoria do Executivo que dispõe sobre o aumento dos servidores públicos municipais. Só que desse projeto não constam os professores como uma das categorias beneficiadas.
A diretora da APLB em Feira de Santana Marlede Oliveira afirma que os professores além de não ter o reajuste salarial, não teve o pagamento do pagamento há cinco anos e ainda várias outras questões gravíssimas que acontecem na educação da cidade. Marlede esteve na Câmara Municipal de Feira de Santana nesta quinta-feira (17), utilizando a tribuna livre, para denunciar o assunto.
“Para nossa surpresa, o Conselho Municipal de Educação e o Conselho Municipal do Fundef, que fiscaliza as contas do município, aprovou as contas do exercício 2020/2021 e tem sobra de dinheiro. Por isso, viemos colocar para a Câmara que é preciso fiscalizar essa sobra porque o professor teve salário cortado, sobrou dinheiro, não pagou a professor e ninguém sabe, inclusive, o próprio conselho, dizer onde estão os recursos de R$ 9 milhões”, afirmou.
Marlede disse ainda que se reuniu com a secretária de Educação do município, mas que ela nunca tem nenhuma resposta a dar a categoria. “Ela não sabia nem que o reajuste dos professores não havia vindo para a Câmara e nos disse que esse reajuste seria de 4%. Nós que dissemos a ela o reajuste de 4 % é dos servidores públicos porque nós temos piso. Inclusive, no projeto do prefeito estava escrito que esse aumento de os 4% é exceto para aqueles profissionais que tem piso salarial e professor o tem através da Lei de 11738”.
Mesmo assim, reclama Marlede, o prefeito vem desrespeitando uma lei nacional. “Colbert Martins não respeita ninguém. As conquistas que nós temos aqui em Feira de Santana é através da Justiça como o enquadramento dos professores que ganhamos agora e estamos aguardando que até o dia 2 de setembro seja publicado o pagamento de integral. Ele vinha pagando o salário dos professores parcelado. Essa foi uma vitória do sindicato”, disse.
Presidente da Câmara
A presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, a vereadora Eremita Mota (PSDB) também falou sobre o assunto. Ela lembrou que o projeto estava pautado para a última terça-feira (15), dia em que aconteceu o apagão na maior parte do país. Eremita, que é também professora, disse que esse projeto tem aumento apenas para os servidores, deixando outras categorias de fora como vigilantes e professores.
“Eu, como professora, acho que o prefeito Colbert Martins deveria priorizar a educação. Quero aproveitar para dizer que o prefeito não promulgou da forma correta o Senar, que também diz respeito a educação. Ele não prioriza a educação, prova disso é que não deu aumento dos professores. Ele travou a implantação da escola porque ele promulgou de uma maneira errada e da forma que ele quis”, reclama.
Ainda conforme a vereadora, Colbert fala de empréstimos quando acabou de decretar, na semana passada, um colapso financeiro na cidade. “Ele acabou de decretar esse colapso e quer empréstimo. Eu não sei para quê. Ele não mandou um estudo de impacto sobre o empréstimo, sem discriminar o que é que ele vai fazer com esse empréstimo. Só pode ser para cobrir algum rombo. É isso que eu acho”, disse.
Governo Municipal
A reportagem do site Boca de Forno News entrou em contato com o secretário de Administração do Município, José Marcondes, para saber porque os professores não foram incluídos nesse aumento dos servidores e ele respondeu sugeriu que entrássemos em contato com o Gabinete do prefeito Colbert Martins, “haja vista que demandas com o Legislativo são de exclusiva competência desse órgão”.
Em contato com o chefe de gabinete do prefeito, Fanael Ribeiro, nós não conseguimos obter respostas.
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