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PRF aposenta Silvinei Vasques, investigado por bloqueios ilegais em rodovias

Vasques é é réu por improbidade administrativa, acusado de usar o cargo indevidamente e de pedir votos irregularmente para Bolsonaro na eleição.

23/12/2022 09h28 Atualizada há 3 anos
Por: Boca de Forno Fonte: G1
Ex diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques — Foto: Divulgação/PRF
Ex diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques — Foto: Divulgação/PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) concedeu aposentadoria voluntária ao ex diretor-geral, Silvinei Vasques, investigado por usar o cargo para apoiar bloqueios ilegais nas rodovias contra o resultado das urnas. A decisão foi publicada na edição do Diário Oficial desta sexta-feira (23). 

Vasques havia sido exonerado do cargo de diretor-geral por Bolsonaro na terça-feira (20) e, segundo do Diário Oficial, foi aposentado um dia depois, no dia 21. No entanto, a publicação do ato só foi feita sexta-feira. Ele fazia parte dos quadros da instituição desde 1995. 

Silvinei se aposenta em meio a investigações e acusações. Ele é réu por improbidade administrativa acusado de pedir votos irregularmente para Bolsonaro antes das eleições. 

Além disso, é investigado por causa das barreiras que a PRF montou em rodovias no segundo turno para abordar ônibus com eleitores, descumprindo ordens do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e pela suspeita de omissão diante dos bloqueios ilegais feitos por bolsonaristas radicais que não aceitaram o resultado da votação. 

Diretor-geral da PRF vira réu por improbidade administrativa

Diretor-geral da PRF vira réu por improbidade administrativa 

  • Um dia antes das eleições, Silvinei usou s redes sociais para pedir votos a Bolsonaro, o que é irregular. 
  • No dia das eleições, no primeiro turno, contrariando a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a PRF montou bloqueios em rodovias para abordar ônibus com eleitores. As ações causaram atrasos e lentidão em rodovias. À Justiça, a PRF confirmou que o volume de abordagens no segundo turno foi mais que o dobro do que no primeiro turno.
  • Silvinei também é investigado por suspeita de omissão diante dos bloqueios ilegais feitos por bolsonaristas radicais que não aceitaram o resultado da votação. Após o resultado do segundo turno, com Lula (PT) eleito, bolsonaristas radicais se aglomeraram em rodovias federais e os bloqueios perduraram e se proliferaram por todos os estados do país. A Justiça teve de pedir que a PM dos estados intervisse para retirar manifestantes das ruas e a suspeita é de que, sob o comando de Silvinei, a PRF não teria agido para impedir os bloqueios.
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