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Poluição do Rio Jacuípe prejudica famílias que vivem da pesca

Muitos pescadores desistiram de viver da atividade

13/12/2022 12h31 Atualizada há 3 anos
Por: Boca de Forno
Foto: Reprodução/TV Subaé
Foto: Reprodução/TV Subaé
 
Sofrendo com a poluição ao longo dos anos, o Rio Jacuípe já não consegue mais oferecer sustendo as famílias que vivem da pesca. Com muito lixo acumulado, a sobrevivência dos moradores da região está cada vez mais difícil.
 
Em entrevista ao Boca de Forno News, Lidiane Amorim, presidente da Associação dos Produtores Rurais e Pescadores do Distrito Governador João Durval, contou que muitos pescadores já desistiram de ganhar seu sustento através da pesca.
 
“Tá muito difícil por conta da poluição do rio, o custo do material para pescar está muito alto e a gente não tá tendo lucro praticamente nenhum. Muitos dos pescadores já desistiram da pesca e tá tentando fazer outras coisas porque não tem uma formação, como ajudante de pedreiro ou vai trabalhar na roça, mas mesmo assim, ainda não tem aquela renda para estar sustentando a família”, ressaltou ela.
 
A presidente da associação disse ainda que o lixo está atrapalhando muito a atividade, já que os pescadores encontram pneus e garrafas Pet, que acabam ficando presos na rede, além da reprodução dos peixes, prejudicada pela poluição.
 
“Também por conta da contaminação aí vem as chuvas, as mudanças climáticas, as chuvas não vem no tempo certo, e isso acaba prejudicando o rio, porque aí vem uma quantidade de água absurda, carregando tudo que vem pela frente e os peixes acabam sendo carregados para longe”, pontuou.
 
O desaparecimento de espécies é um dos resultados da poluição no rio. Conforme Lidiane, ambientalistas já registram o sumiço de tipos de peixes e camarão, que antes eram encontrados no rio.
 
“Muitas espécies mesmo, como o camarão pitu que já sumiu, o tucunaré ainda pesca, mas não com a mesma frequência que pegava antes, né, mas muitas espécies do rio já sumiram”, disse.
 
Para amenizar e reverter a situação da poluição, algumas ações precisam ser tomadas, ela cita algumas medidas.
 
“Pode começar a fazer as redes de contenção, para estar evitando que todo esse lixo chegue no rio. E um auxílio para os pesquisadores, porque estamos passando por muita necessidade, os pescadores não têm uma visão dos políticos e dos poderes que podem estar nos ajudando, nós não temos, estamos isolados, não temos ajuda nem auxílio nenhum”, concluiu Lidiane, afirmando que até o momento só existem promessas, principalmente por parte da prefeitura, mas nenhuma ação foi tomada.

 

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