A equipe do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), iniciou articulação para formar uma base aliada com pelo menos 312 deputados federais e 51 senadores.
Essa base incluiria, além dos partidos que apoiaram o petista no primeiro turno, siglas de centro como União Brasil, PSD, MDB, PSDB, Cidadania e também o PDT. Essa é a fórmula defendida por aliados do petista para tentar enfraquecer as bancadas federais do PL, PP e Republicanos, que apoiaram a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
A construção de uma base sólida será decisiva para que o novo governo aprove reformas estruturais e se contraponha ao bolsonarismo, que deve ganhar força na próxima legislatura. Sozinho, o PT na Câmara dos Deputados tem 68 cadeiras. O PL fez a maior bancada federal, com 99 congressistas para a próxima legislatura.
No Senado, a barreira antilulista é composta por ex-integrantes de peso, como o atual vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (União Brasil-Paraná) e a ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF).
A disputa pelo comando das Casas Legislativas é prioridade para aliados do novo governo. Na Câmara dos Deputados, o PT avalia se apoia Luciano Bivar, presidente do União Brasil, ainda que integrantes do partido não queiram abrir mão de uma candidatura própria.
O líder do PT, Reginaldo Lopes, afirmou que o martelo ainda não está batido. “O presidente Lula deu um comando: o debate para presidente da Câmara é uma questão interna da Câmara. Não vamos abrir mão e já iniciamos conversa com [o atual presidente da Casa] Arthur Lira [PP-AL]. É de uma agenda que interessa ao povo brasileiro, que interessa ao presidente Lula que saiu vencedor das eleições, para este ano e para o próximo ano”, afirmou.
Para atrair MDB e PSDB, o novo governo avalia oferecer aos partidos postos na Esplanada dos Ministérios. Nos bastidores, dirigentes emedebistas têm sinalizado interesse por Educação, Minas e Energia, Transportes e Integração Nacional.
Caso Lula decida acomodar o PSDB, são citados os nomes do ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira e do senador Tasso Jereissatti (CE). Os dois apoiaram Lula na campanha eleitoral.
O PT registra histórico de negociações malsucedidas na disputa pela Câmara dos Deputados. A mais recente ampliou o desgaste da ex-presidente Dilma Rousseff, que acabou sofrendo impeachment.
“O presidente Lula teve problema na Câmara quando perdeu eleição para Severino Cavalcanti e Aldo Rebelo e quando a presidente Dilma se opôs à eleição de Eduardo Cunha”, avaliou à CNN o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE).
“Acho mais fácil construir diálogo com quem está no jogo do que entrar em aventura de colocar uma nova disputa e criar uma cisão”, concluiu.
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