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APLB responde a professores insatisfeitos com a atuação do sindicato em Cachoeira

Secretário do sindicato, o professor Jair Ferreira diz que tudo que é de competência do sindicato está sendo feito sobre insatisfação da categoria com o Plano de Carreira.

05/10/2022 10h47 Atualizada há 3 anos
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Foto: Reprodução / Instagram
Foto: Reprodução / Instagram

O professor Jair Ferreira, secretário da APLB em Cachoeira, falou sobre a reclamação dos professores sobre o Plano Carreira que ainda não foi colocado em prática e estão pedindo que o sindicato seja mais incisivo com esse assunto junto ao Governo Municipal. Essa seria uma das principais promessas de campanha da prefeita da cidade, Eliana Gonzaga.  

Segundo o professor, houve uma reunião com o secretário de Educação do município, que lhe informou que a parte de revisão da conclusão do plano já foi feita. “Uma comissão foi criada e a ex-coordenadora da APLB, Sofia Monteiro, e o coordenador, José Lopes, participaram da mesma. A APLB tem feito a sua parte. Mas não temos a caneta em mãos. É o Governo Municipal que sabe o valor que cai na conta da Prefeitura”, disse.

Ele disse que está formando uma comissão com alguns professores e membros da diretoria da APLB e com ela pretende conversar com a prefeita Eliana. Só após essa reunião verão quais medidas poderão ser tomadas. “A APLB defende os direitos dos profissionais da educação e não apenas de uma pessoa. É isso que as pessoas as vezes não entendem. E, quando convocamos a categoria ,elas se isentam das suas responsabilidades. Se eu fizer uma assembleia agora, como fiz da última vez, teremos poucos representantes”. Para o professor, muitos políticos se aproveitam dessa situação.

Jair sugeriu que fosse feito um fórum de discussão na Câmara de Vereadores da cidade, já que são os vereadores que fazem as leis. Já sobre a parte do Plano da Carreira, ele acredita que é preciso conversar urgentemente com a prefeita. “Nós já entramos em contato com ela e já vamos marcar uma audiência. Na mesa precisamos ter também o secretários de Educação, o de Finanças e o procurador do município. Só a partir daí é que veremos quais são as medidas que iremos tomar para não fazer nada precipitado e dar com os 'burros na água'. Temos feito a nossa parte, mas não conseguimos mobilizar os colegas”.

Na opinião do professor, não se pode pensar em evoluir na educação sem a valorização do professor. “É uma via de mão dupla. Quando há a valorização do profissional, há uma formação solidificada com profissionais capacitados. Tem também que ter pessoas que entendam de educação da outra parte quando estamos discutindo-a”.

Ele disse que o sindicato não quer criar um clima de guerra dentro da cidade ou paralisar a educação por causa do Plano de Carreira. O que ele quer é a oportunidade de falar sobre os anseios da categoria, suas angústias após os tempos de pandemia. “Pagar profissional de educação em dia é um dever, não é favor. É isso que as pessoas muitas vezes não entendem. Queremos dar passos largos na educação, mas algumas pessoas, pelo fato de estarem ocupando cargo de confiança, não querem mais lutar pela bandeira da educação. Mas isso está perto de acabar porque agora será por aptidão e não por indicação”.

Jair reclama que chega a alguns lugares para falar de educação, é interpretado de maneira errônea e chega a ser perseguido. “Sempre tive amizade com todos os políticos de Cachoeira, mas quando se trata de educação, eu separo. Tenho que ser profissional. Não concordo com alguns desmandos e isso não acontece na gestão atual, como também nas passadas”.

Ele diz que o Plano de Carreira deve ser feito não pensando apenas em vantagens para o Governo como também para a categoria. “O meu papel agora é trabalhar como professor em sala de aula e defender o interesse dos profissionais de educação de Cachoeira porque foi para isso que montamos uma diretoria. Nossa diretoria tem enviado documentos de forma incansável para a gestão e cabe a ela ter uma reunião com nossa diretoria que seja produtiva e onde saiamos ganhando alguma coisa. De promessas estamos cheios. Em vários anos apenas prometeram, mas poucos fizeram pela educação”.

A revolta dos profissionais da educação de Cachoeira é que entra prefeito e sem prefeito, sempre promete, mas na hora não quer cumprir, reclama o secretário. “Isso é porque não tem dinheiro em conta ou não está sabendo administrar o que tem? A questão toda é essa. A questão do Plano de Carreira é apenas uma das irregularidades que temos. Existem outras que não posso citar aqui por causa dos meus colegas e tenho que ser ético, mas o Ministério Público já sabe dessas pendências. O nosso setor jurídico nos orienta a fazer tudo de forma protocolada”.

Jair finalizou sua fala dizendo que a educação não é feita apenas de merenda escolar boa e materiais, mas com os professores e por isso eles merecem ser valorizados. “Quando você não paga bem a educação significa que você não quer uma educação boa”, concluiu.

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