Em entrevista coletiva, ACM Neto ressalta importância de José Ronaldo para a sua campanha

O candidato pelo União Brasil, ACM Neto, realizou uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (10) para confirmar o apoio do ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho a sua candidatura. Na coletiva, Neto disse que sente falta de Ronaldo em sua campanha. “Para nós, continuar nessa sem ele, não é bom. Zé se tornou uma espécie de pai para nós. O nosso sentimento é de que temos nele um ponto de segurança, uma referência e todos nós desenvolvemos por ele um sentimento de paternidade durante todo esse período”, disse.

Neto disse ainda que tem passado muito mais tempo de sua vida ao lado de Ronaldo do que do lado de seu pai e de sua mãe. Ele conversa mais sobre sua vida pessoal muito mais com ele também do que com seus pais. “Nesse período tão intenso, muito mais com ele até mais do que com a minha esposa. E hoje trago uma palavra pessoa da minha família, que tem um carinho enorme por ele. Ele é muito importante para esse projeto. Nós teremos Feira no centro de decisão do futuro no Governo do Estado”.

Ronaldo será o coordenador geral da campanha de Neto. “Ele será o meu braço direito na política. Toda a parte de coordenação e articulação política do nosso governo será comandada por ele. Será secretário da pasta que se chama Secretaria de Relações Institucionais. A função é essa. O seu gabinete será ao meu lado e estará comigo na tomada de decisões”.

O candidato disse que é normal ter nas relações um chateamento, mas que o importante é ter maturidade, sobretudo ouvir o coração para superar e encontrar os caminhos necessários da convergência. Ele disse ainda que a imprensa do interior tem um papel fundamental para a comunicação do estado. “Feira de Santana tem um jornalismo tão forte ou mais até do que Salvador. Aqui se tem um nível de debate, abertura para a avaliação do cenário nas rádios, nos blogs, redes sociais, nos jornais, em tudo”.

Ele não considera como se estivesse eleito já que só se saberá o resultado da eleição no dia 2 de outubro. Neto já visitou 200 municípios baianos. “Nunca um candidato começou uma campanha visitando tantos municípios como eu visitei. Estou trabalhando muito para me eleger. O ritmo ficará ainda mais intenso. Não é porque as pesquisas apontam a possibilidade de vitória no primeiro turno que vou descansar”.

Escolha de Ana Coelho

O candidato disse que sempre procurou conciliar quadros políticos qualificados com quadros técnicos. “Sempre procurei equilibrar experiência com juventude. Sempre procurei somar pessoas com história na política com pessoas novas que nunca disputaram qualquer eleição, mas que chegam para dar a sua contribuição”.

Em oito anos a frente da Prefeitura de Salvador, Neto disse que revelou vários quadros. Pessoas que começaram na vida pública a seu convite e que até então nunca tinham ocupado nenhum cargo ou sequer pensado em atuar na política. “Atenderam ao meu chamado, toparam o desafio e deram contribuições valiosíssimas no trabalho de transformação da cidade de Salvador. É o que eu pretendo fazer na Bahia”.

A escolha dela teve o peso de partidos políticos, em especial do Republicanos, que na construção que foi feita acabou ficando com a prioridade da indicação.

Ausência da vice

Neto explicou que no dia de hoje tinha uma agenda marcada visitar ao Núcleo de crianças com paralisia cerebral. “Estava previamente agendada e eu não fui. Pedi a Ana que me representasse para que eu pudesse estar aqui. A partir de agora será comum me verem em um lugar e Ana em outro porque temos que nos dividir”.

As agendas serão paralelas porque, de acordo com Neto, quanto mais lugares puderem estar, melhor.

Debate da Band

Neto disse que não assistiu ao debate da Rede Bandeirante na Bahia ao qual não esteve presente. Ele disse que neste dia visitou cinco municípios no Vale do Jequiriçá. “Só ouvi os comentários pela imprensa e pelas redes sociais e por isso não posso comentar”.

Sobre sua participação em debates, dele disse que propôs desde o início que fosse feito dois grandes debates com a junção de vários veículos de comunicação de todas as bases. Ele disse que entende que a sociedade e os veículos queiram debater, mas só são apenas 45 dias de campanha e é impossível. “A Bahia é muito grande. Nesse debate eu não poderia ir. Acho que domingo não é um bom dia para fazer debate e por esse motivo não participei. Isso não quer dizer que não vou participar de outros, desde que a agenda possa se encaixar com a nossa e que faça sentido em termos de alcance estadual”.

Sua candidatura

Ele destacou ainda que a sua candidatura tem praticamente o dobro do número de partidos da candidatura de situação, ou seja, do candidato de Rui Costa, Jerônimo Rodrigues. “São 14 partidos e dentro deles há diversos direcionamentos. Partidos que apoiam Lula, que apoiam Bolsonaro, que apoiam Ciro, que apoiam Simone Tebet e até mesmo Eymael e o meu que tem a candidatura de Soraya Thronicke. Tenho que respeitar esse pluripartidarismo da minha aliança”.

Para ele, não seria correto e nem justo que ele tivesse vínculo a um só candidato a presidente. A discussão, diz ACM Neto, é sobre a Bahia porque todos os assuntos do estado quem tomará as rédeas é o governador. “O nosso caminho é de absoluta neutralidade em relação a eleição presidencial, o que não impede que cada um que queira tome o seu direcionamento”.

Segurança pública

ACM Neto criticou ainda a segurança pública do estado que ele disse só aumentar os índices da criminalidade. Para isso, ele disse que fará concurso público porque o contingente hoje é menor do que há 16 anos. Vai ainda qualificar, dar condições de trabalho e valorizar os policiais. A polícia tem que estar mais bem armada que os bandidos, viatura tem que ter combustível para rodar, delegacia do interior tem que funcionar.

“A prioridade será o enfrentamento ao tráfico de drogas. A base principal para os maiores atos de violência que acontecem está no tráfico de drogas. Vamos jogar duro com a facções criminosas, cortar a cabeça delas e implantar novos presídios de segurança máxima na Bahia. Hoje no estado o presídio é o quartel general do crime, financiado pelo estado, e não mais a escola, como diziam antigamente”.