Quinta, 28 de Agosto de 2025 03:27
75 9 9702 9169
COVID-19 Covid-19

Covid: falta vacina para crianças entre 3 e 4 anos

Só Salvador e Camaçari começaram a vacinar os pequenos em todo o Estado.

22/07/2022 08h53
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Romildo de Jesus
Foto: Romildo de Jesus

Tem, mas já acabou: essa frase define bem o começo da vacinação das crianças de 3 e 4 anos na Bahia contra a Covid-19. Apesar de muito aguardada e iniciada na última segunda-feira (18), a campanha só começou em apenas duas das 417 cidades baianas (Salvador e Camaçari). O motivo é a falta de estoque para o imunizante CoronaVac, fabricado pelo Instituto Butantan e o único liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para proteger os pequenos. Como não houve versão pediátrica para esta vacina, o estoque disponível não é suficiente para vacinar crianças e adultos. Assim, os demais 415 municípios estão ‘a ver navios’, aguardando uma nova determinação do Ministério da Saúde para o envio de novas remessas e de fato iniciar a imunização.

Essa insuficiência de doses vem preocupando o Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA), órgão autônomo que fiscaliza o SUS na Bahia. Como o Ministério só divulgou orientações técnicas para a inclusão das crianças no Programa Nacional de Imunizações (PNI) nesta terça-feira (19), a campanha de vacinação para esta turma não começou de forma uniforme. E, na visão de Marcos Sampaio, presidente do CES, essa falta de alinhamento atrasará ainda mais a proteção dos pequenos, que são tão vulneráveis quanto os demais públicos. “O Ministério da Saúde divulgou tardiamente essa nota técnica. Os municípios precisam de informações claras para que haja uma organização com o esquema de vacinação e precisam da certeza de que haverá vacinas suficientes para atender a demanda”, pontuou Sampaio.

Para o presidente do Conselho, a cota das vacinas destinada às crianças deveria ser diferente da remessa já existente para os adultos, de modo que novos carregamentos precisam ser enviados apenas para a campanha dos pequenos. “Não existe vacinas sobrando, o que realmente existe são as vacinas que deveriam ser aplicadas nos faltosos”.Outro ponto levantado pelo órgão fiscalizador foi a divulgação de um cronograma de envio de novas remessas por parte da Saúde federal, a disponibilização dos contratos assinados e um prazo determinado para que os municípios recebam as doses dos imunizantes. “Os estados e municípios precisam lidar com a suposta falta da vacina e da garantia de novos imunizantes para essa faixa etária, que está aguardando há 3 anos para se vacinar”, enfatizou.

Nota 

Segundo a nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde, a campanha de imunização infantil deve ser conduzida através de prioridades, observando os estoques disponíveis da CoronaVac em cada Estado. “A vacinação deve começar pelas crianças de 3 a 4 anos imunocomprometidas e depois, o imunizante deve ser destinado para as crianças com 4 anos, seguidas pelas crianças de 3 anos de idade”, diz o texto. A Saúde Federal disse ainda que segue dialogando com o Butantan e o Consórcio Covax para adquirir mais doses da CoronaVac, que serão enviadas aos municípios.

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.