Os professores da cidade de Santo Amaro estão em greve desde a semana passada. Segundo a professora Andréa Gonzalez, representante da categoria na cidade, as várias tentativas de negociações foram frustradas por contínuos pedidos de extensão de prazos para resposta. Em assembleia, ela disse que os professores optaram pela deflagração da greve na semana passada. “Estamos mantendo um percentual dos serviços nas escolas e quem aderiu às atividades sindicais de mobilização cumpre uma agenda semanal de tarefas”, diz.
Ainda conforme Andréa, os professores estão entrando no terceiro ano sem o percentual de reajuste do piso. "A reserva de carga horária nunca foi cumprida desse 2008 quando da promulgação da lei. As demais pautas são direitos garantidos pelo Estatuto do Magistério Municipal e Plano de Carreira e Remuneração do magistério que vem sendo descumprida também há cerca de quatro anos”, reclama.
Ela lembra ainda que os professores passaram por dois anos de ensino remoto, dando aulas usando seus próprios equipamentos e internet. “Muitos colegas tiveram que comprar equipamentos e aumentar a velocidade de internet. Além de custear cursos de formação para se adequar à nova realidade. Nenhum suporte foi dado neste sentido”, diz.
Ainda de acordo com Andréa, as escolas estavam fechadas, sem alunos e nem professores, e mesmo assim ficaram completamente abandonadas. “A folha superlotou de contratos sem que soubéssemos onde estavam lotados estes professores, pois faltavam professores para diversas disciplinas”, denuncia.
A professora diz ainda que a categoria retomou o ano letivo presencial e as escolas estavam sem condições de recebe-los e aos alunos. “Muitas abandonadas e algumas em reformas que ainda perduram com poeira, cheiro de tinta, andaimes, baldes e trabalhadores da construção civil ainda dentro das unidades. Isso inviabiliza qualquer possibilidade de ministrar-se aulas. Também não havia oferta de alimentação escolar e nem transporte, situação que ainda perdura. Não há material didático-pedagógico para dar suporte a nossas aulas”, lamenta.
Veja a pauta de reinvenções dos professores:
1 – Cumprimento, na íntegra, da Lei do Piso Nacional do Magistério 11738/08, que inclui a reserva de 1/3 de carga horária dos profissionais do magistério para atividades complementares e respeitando os percentuais interníveis (verticais e horizontes) da tabela salarial em cumprimento ao Plano de Carreira e Remuneração do Magistério e do Plano Municipal de Educação;
2 – Condições condignas de trabalho e retorno às atividades presenciais (atendimento aos protocolos de biossegurança, prédios escolares devidamente reformados, materiais didáticos e insumos básicos, transporte e alimentação escolar para os estudantes)
3 – Mudança de nível dos professores;
4 – Concessão das licenças prêmio, de saúde e para qualificação profissional;
5 – Portaria de enquadramento dos professores efetivos interessados na ampliação da carga horária antes de contratação temporária de professores;
6 – Sábados letivos já previstos no calendário remunerado com hora extra;
7 – Pagamento das gratificações e adicionais previstas no plano de carreira e estatuto da categoria.
Governo Municipal
O site Boca de Forno News tentou entrar em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Santo Amaro da Purificação para saber se eles queriam responder as denúncias dos professores, mas não obteve resposta em suas ligações.
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