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Feira de Santana Confusão

Prefeitura acusa vereador de ameaçar funcionários de unidade de saúde

Secretário de Saúde disse que espera que o edil corrija suas atitudes e peça desculpas. Vereador nega as acusações e explica a situação.

24/12/2021 08h28 Atualizada há 4 anos
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Foto: Reprodução / Prefeitura Municipal de Feira de Santana
Foto: Reprodução / Prefeitura Municipal de Feira de Santana

A Prefeitura Municipal de Feira de Santana afirmou que, nesta quinta-feira (23), o vereador Emerson Minho (DC) invadiu e ameaçou servidores da Unidade de Saúde da Família, no bairro Queimadinha. Conforme o órgão, durante a abordagem, o vereador, ao qual eles chamaram de “invasor”, teria perseguido uma funcionária até o banheiro e agredido verbalmente outros servidores que estavam trabalhando na unidade. A ação teria sido gravada pelos funcionários.

O secretário municipal de Saúde, Marcelo Britto, repudiou a atitude do edil. “Ficamos surpresos e lamentamos que isso tenha acontecido. Essas ações não correspondem com o papel de um vereador, que é de fiscalizar, mas não ofender e ameaçar”. O gestor da saúde disse ainda espera que o vereador Emerson Minho corrija suas atitudes e peça desculpas publicamente aos servidores agredidos.

O que diz Minho

O vereador Emerson Minho (DC) nega as acusações. Ele lembrou que tem reclamado sobre a falta de internet nas unidades básicas de saúde do município e não apenas na Queimadinha. Segundo ele, as pessoas estão indo aos postos tentar marcar exames e não conseguem. Ao ouvir diversas reclamações, ele teria ido à unidade para saber o que está acontecendo. “Eles simplesmente dizem que não tem internet e não marcam exames das pessoas”, reclama Minho.

Ao chegar na unidade, Emerson disse ter questionado a gerente do local querendo informações e ela não teria gostado. Ele questionou e ela disse que estava sim marcando exames, mas ele disse que continuava recebendo reclamações de pessoas que negam o fato e voltou a questioná-la sobre a marcação dos exames. Ela disse que não responderia a ele.

Então, Minho disse que ela teria o dever de responde-lo por ele ser presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores e uma autoridade constituída. “Ela simplesmente disse que não me responderia e deu as costas. Outra senhora disse que me daria a informação, mas eu disse essa ação teria que partir da gerente da unidade. Ela voltou e disse para mim ‘quando um burro fala o outro murcha a orelha’”.

Com essa atitude, Minho questionou se estava sendo chamado de “burro”. “Eu disse que não era burro, que era uma autoridade e estava no posto para saber informações. Ela simplesmente repetiu o que havia dito primeiro”. Foi aí, ainda conforme Minho, que apareceu um rapaz ao qual ele disse já ter sido candidato a vereador e começou a filmar. “Se eu fosse de agredir teria ido para cima dele tomar o celular. Disse que ele poderia filmar já que ele tem um cargo comissionado por ter 200, 150 votos e todos sabem como é o esquema de fazer política”.

Só que o vereador acusa esse funcionário de ter colocado a situação de um jeito diferente em sua filmagem. A situação teria sido levada para o lado político. “Havia uma bancada entre eu e ela. Claro que eu teria que tomar uma atitude enérgica. Uma pessoa que trabalha em uma unidade de saúde e falar esse tipo de coisa ‘quando um burro fala, o outro baixa a orelha’, como vereador eu teria que tomar uma atitude”, explica.

Enquanto eles filmam e tiram fotos, o povo continua sofrendo há 25 dias, lamenta o vereador. Como exemplo ele citou uma senhora que estava no local pela terceira vez. Só aí que ela soube que na unidade não marcaria o tipo de exame que ela queria. “Eles nem olham os exames. Ela já estava lá pela terceira vez. E só conseguiria saber se algum filho de Deus olhasse o documento e dissesse a ela. Eles deveriam falar sobre isso e não armar uma contenda gigantesca como essa”, finalizou.

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