"Caiu mais de 50%, só conseguimos catar de alguns poucos mercados", reclamam os recicladores feirenses

O fechamento do comércio por conta das medidas do isolamento, necessárias para evitar, a propagação do Covid-19, atinge todas as áreas de produção, inclusive a reciclagem, que em Feira de Santana já apresenta uma diminuição de 50% das atividades. Tanto os catadores quanto os recicladores procuram formas de conciliar a prevenção e o sustento.  

Fazendo um importante trabalho social os recicladores, diminuem a quantidade do lixo produzido nas cidades. Em contra partida esse serviço gera renda e emprego para diversas famílias.

“As lojas estão fechadas, se as lojas não vendem e não jogam o papelão fora, o catador fica sem serviço e nós também ficamos sem apara. Então estamos todos no mesmo caminho. Caiu mais de 50%, só conseguimos catar de alguns poucos mercados que estão abertos”, salientou Enivaldo do Papel.

As dificuldades atingem principalmente aqueles que trabalham diretamente no centro da cidade.

“Tá difícil pra todo mundo, os recicladores vêm aqui e reclamam que não conseguem achar os materiais. Alguns conseguiram ainda se cadastrar, mas os que não conseguiram, ficam chorando porque estão sem renda”, completou Enivaldo.

Enquanto o comércio não volta com as atividades os recicladores aguardam e procuram formas alternativas, como a reciclagem em casas e em pequenos mercados.

“Quando o comércio vende nós temos papelão, se o comércio não vende, nós não temos, um depende do outro. E não só o papelão, mas o plástico também, quando a crise vem nós da reciclagem todos sofremos”, pontuou.