A Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (ACEFS) realizou um evento na noite desta quinta-feira (8), com a participação de diversas autoridades e empresários, para discutir o aeroporto de Feira de Santana. Para o presidente da ACEFS, Genildo Melo, o mais importante foi dar início a essa discussão. “A intenção da ACEFS é abrir a discussão. Sabíamos que não sairia daqui soluções imediatas. É um projeto muito grande, que passa por muitas discussões e reuniões com os Governos do Estado e Município e empresários”, afirmou.
Genildo disse ainda que o vereador Petrônio Lima sugeriu uma reunião também fosse realizada na Câmara Municipal de Feira de Santana. “É muito importante que continuemos as discussões e acho que isso acontecerá. Feira de Santana precisa de um aeroporto pujante e o desenvolvimento não apenas da cidade, mas de toda a região passa por um equipamento como esse funcionando a pleno vapor”, disse.
O presidente acredita que se o aeroporto estiver funcionando atrairá muitos investimentos. “Cidades onde tem aeroportos grandes funcionando as empresas chegam também. Quando você tem a possibilidade de escoamento rápido da produção às empresas procuram essas regiões”, explica.
Participaram do evento os deputados federais Zé Neto (PT) e Dayane Pimentel (PSL), os deputados estaduais Carlos Geilson (PSDB) e Angelo Almeida (PSB), o vice-prefeito Fernando de Fabinho representando o prefeito Colbert Martins.
Viabilidade do aeroporto
José Renato Sena, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), afirmou que o que se tem de elementos técnicos diante dos estudos tanto do que a Agencia Nacional de Aviação Civil (ANAC) disponibilizou quanto o que o Governo do Estado no edital de concessão é que ele é viável.
“O que não tem viabilidade neste momento é devido à restrição do próprio espaço. Faz cinco anos que a GOL Linhas Aéreas numa audiência do Senado disse que queria voar para Feira de Santana, mas colocou condições como, por exemplo, uma pista que passasse de dois mil metros, que seja mais larga, que aguente aeronaves com maior peso e que tenha o chamado vôo por instrumento que é a capacidade de você pousar o avião quando passa por dentro de uma nuvem, que você não precisa ver a pista para conseguir se aproximar e pousar. Quando o piloto não consegue ver, ele alterna para outro aeroporto. E isso diminui a viabilidade do aeroporto”, afirmou.
Ainda segundo o professor, existem critérios técnicos para essa concessão e para cumprí-los é preciso o aumento da área disponível. “A Gol fala em mil metros de pista, o estudo da ANAC em 2050 metros e o edital de concessão prevê que quando o aeroporto atingir oito mil passageiros por mês que seja de 2200 metros. Precisamos nos preparar para ter terreno disponível para que uma pista com estas dimensões seja construída e que permita que o aeroporto tenha a chance de crescer”.
Discussões
O deputado Zé Neto falou sobre a importância do encontro. Na opinião do parlamentar, as empresas não querem vim para a cidade não por questões técnicas. “Muitos aeroportos tem menos condições do que os nossos e estão funcionando. O aeroporto Santos Dumont, por exemplo, tem uma pista de 1250 metros e funciona para tudo. As reclamações têm que sair do campo da política e ir para a prática. O aeroporto não tinha nada, foi reformado, chegou a ter vôo. E o mercado vive um momento difícil”.
O deputado parabenizou a ACEFS pela discussão envolvendo todas as esferas. “O aeroporto está privatizado. A UTC ganhou a licitação e depois passou para a Sinart que repassou para a AFS, administrada por um empresário de Feira. Precisamos ver o que vai acontecer. Precisamos encontrar um caminho para resolver esse problema todos juntos”, sugeriu.
Já o vice-prefeito Fernando de Fabinho disse que o debate é importante e que foi provocado pela Prefeitura Municipal como resultado de uma força-tarefa liderada por ele e o prefeito Colbert Martins. Fabinho ressaltou que já se identificou a necessidade de se ativar, reativar ou construir outros modais em Feira de Santana. “Tivemos uma reunião antes dessa que colocamos esse ponto. Temos que debater o aeroporto, linha ferroviária, centro logístico, o parque de exposições. Precisamos pensar nossa cidade para frente”.

Fabinho reclamou que a Prefeitura Municipal não tem informações e se o Governo do Estado tem não repassa para a cidade. “Precisamos ter voz do poder público e da sociedade. Falei que não tem como se investir num equipamento sem viabilidade econômica e técnica. O Governo Federal tem um projeto pronto para o aeroporto, o Governo do Estado tem uma concessão que não cumpriu com a sua parte”, afirmou.
Fabinho cobrou ainda investimentos do Governo do Estado no aeroporto de Feira de Santana porque hoje ele é tecnicamente inviável porque não tem uma posta adequada. “O problema do aeroporto de Feira é a pista. Ela custa R$ 15 milhões. Há pouco tempo se investiu R$ 10 milhões em Guanambi. Eu não entendo porque se investiu R$ 10 milhões em Guanambi e não pode investir R$ 15 milhões em Feira de Santana”, completou.
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