No dia 26 de setembro se comemora o Dia de Cosme e Damião, os santos gêmeos. O site Boca de Forno News esteve no Centro de Abastecimento para saber dos vendedores de produtos típicos para a confecção de caruru e vatapá como estavam as vendas.
Falando com Valdemir dos Santos, conhecido como Nem do Camarão, disse que as vendas, na véspera, estava aguardando os clientes. “Espero que melhore um pouco. As pessoas não vão fazer festa grande por conta da pandemia, mas a tradição permanece. Temos que agradecer o pouco que vem”, disse.
Questionado sobre se o movimento no mês de setembro foi melhor do que o de agosto, Nem afirmou que sim. “Em mais de 20%. Temos camarões de todos os tipos. O 7 barbas, que é o tradicional do caruru, está R$ 30 o quilo e R$ 10 o litro. O pistola, que é o grande, está R$ 45 o quilo e R$ 15 o litro. Castanho está de R$ 40 o quilo e R$ 20 o litro. O amendoim está R$ 20 o quilo e R$ 10 o litro. A massa do caruru está R$ 10 o quilo, o azeite R# 12 e o leite de coco R$ 7”.

Ainda segundo o vendedor, quem mais procura seus produtos são as pessoas do interior. “O pessoal do interior é mais católico. Os devotos de Cosme e Damião e o que vender agora é mais para caruru mesmo”, disse. Ele trabalha a mais de 40 anos vendendo esses produtos e criou seus filhos com esse ofício.

Dona Débora, também comerciante de produtos para caruru, ressaltou que as pessoas estão procurando os vendedores para fazer suas compras, mas o movimento ainda é pouco. Ela disse que espera que as vendas melhores no decorrer do dia. Perguntada se os preços dos produtos subiram, Débora disse que subiu um pouco.
“Principalmente castanha e azeite. O vilão foi o dendê que subiu bastante. Deve ter aumentado devido a pandemia e as dificuldades do país”, explicou. Mais esse ano tem sido melhor do que o ano de 2020. “Esse ano está bem melhor. Ano passado a situação ainda estava se iniciando e as pessoas tinham medo”, disse. Os produtos mais procurados são o camarão e o azeito, apesar na alta do preço, diz Débora.
Já dona Crispina, devota de São Cosme e São Damião há 56 anos, foi ao Centro de Abastecimento fazer suas compras para fazer seu caruru. “Os preços variam. Alguns estão camarada e outros muito caro. Sou de Teofilândia e vim para Feira fazer minhas compras”, disse.

Dona Maria de Fátima, também vendedora, disse que o movimento ainda está fraco. “Depois da pandemia ficou tudo mais difícil. As pessoas ficaram desempregadas, existe o medo do coronavírus. As vendas caíram em média 50%”, lamentou. Os produtos de Maria de Fátima vêm de Salvador, de Maragogipe e de Valença. “A maioria vem de Valença, mas teve uma queda brusca. Os preços nem subiram tanto. Subiu um pouco o camarão, a castanha e o também dendê porque está em falta”, explicou.
Na opinião de Maria de Fática, o desemprego alto causou a baixa nas vendas. “Se as pessoas estivessem empregadas como antes o movimento estaria bom. Mas depois desse vírus diminuiu bastante. Quem mais nos procura são os restaurantes e as pessoas que vendem acarajé. Devotos de São Cosme e São Damião são poucos. As pessoas estão sem dinheiro. Só vem aqueles mesmo que tem bastante fé e que realmente quer fazer seu caruru”, disse.
Outra reclamação da vendedora é a violência que está instalada no Centro de Abastecimento. De acordo com ela, o local está muito violento. “Tem muito policiamento após o shopping popular, mas um pouco violento ainda”, finalizou.
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