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Brasil 71 mortos

PF prende controladora boliviana investigada por desastre aéreo da Chapecoense

A ordem de prisão foi assinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Para a Justiça Boliviana, Celia Castedo Monasterio era foragida. STF determina extradição

24/09/2021 08h38
Por: Karoliny Dias Fonte: G1
Celia Monasterio é procurada pela Justiça Boliviana. — Foto: TV Morena/Arquivo
Celia Monasterio é procurada pela Justiça Boliviana. — Foto: TV Morena/Arquivo

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira (23) Celia Castedo Monasterio, a controladora responsável pela análise e aprovação do plano de voo da aeronave envolvida no desastre da Chapecoense, em 2016. A decisão foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que determinou a extradição da investigada.

Na sentença assinada por Gilmar Mendes, Celia é "procurada pela Justiça Boliviana para responder pela suposta prática do crime de atentado contra a segurança do espaço aéreo".

Celia foi responsável pela análise e aprovação do plano de voo do avião que caiu perto do aeroporto internacional José Maria Cordova, próximo à Medellin, na Colômbia, em 29 de novembro de 2016. Ao todo, 71 pessoas morreram na tragédia que levava a delegação da Chapecoense e jornalistas para a final da Copa Sul-Americana de 2016.

Na ocasião, Celia teria deixado, de forma fraudulenta, de observar procedimentos mínimos para aprovação do plano de voo da aeronave. Desde 2016, Celia era refugiada no Brasil e vivia em Corumbá, normalmente. A controladora chegou a ter o pedido de refúgio renovado. Celia usou como argumento para o pedido de refúgio "perseguição" na Bolívia após as declarações sobre o acidente.

O plano de voo do avião da Lamia, assinado por Celia, que transportava o time da Chapecoense, mostrou que o piloto decolou da Bolívia para a Colômbia sem combustível suficiente para enfrentar qualquer imprevisto.

A Polícia Federal disse que Celia permanecerá reclusa em Corumbá, onde aguardará os trâmites legais para que seja entregue às autoridades bolivianas.

A defesa da controladora disse que "está tomando ciência sobre o pedido de extradição para saber qual medida tomar para garantir a permanência dela no Brasil".

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