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Feira de Santana Busca

Adotada, Lausanne Vicentin procura sua família biológica

Ela foi deixada da porta da casa de sua mãe adotiva, em Feira de Santana, em setembro de 1989.

18/03/2025 13h21 Atualizada há 1 mês
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Lausanne Vicentino - Foto: Boca de Forno News
Lausanne Vicentino - Foto: Boca de Forno News

Lausanne Vicentin está à procura de sua família biológica em Feira de Santana. Em setembro de 1989 ela foi deixada na porta de sua mão adotiva, a professora Dione Marta. Ela conta que descobriu que era adotada quando sua babá pediu a ela que fosse tomar banho e ela não foi. “Ela me disse que eu não queria tomar banho porque fui achada no lixo. Isso ficou em minha cabeça. Ao chegar do trabalho, indaguei a minha mãe porque ela tinha falado isso. Minha mãe me explicou que não fui gerada em seu ventre, mas que fui gerada em seu coração”.

A mãe adotiva de Lausanne disse ainda que quando ela tivesse idade e entendimento emocional lhe contaria a sua história de vida. “E foi o que aconteceu. Minha mãe me contou que por volta das 13h chegou do trabalho e a campainha tocou. Quando ela atendeu se deparou comigo dentro de uma caixinha de papelão. Ela me acolheu e nunca mais me deixou”.

Com ela, deixaram um bilhete. “O bilhete dizia que eu estava indo para esta família que poderia me dar possibilidades melhores de viver, inclusive amor. Contava ainda que eu teria um mês de nascida. Uma amiga de minha mãe, que suspostamente fazia parte do grupo Cegonhas da Noite, conta que minha mãe biológica trabalhava na casa de uma enfermeira que trabalhava na Materdei. Posso ter nascido na Materdei. Pesquisei lá, mas não tive êxito”.

Ela espera encontrar seus pais biológicos. “A expectativa é grande, mas estou tentando controlar. Temos ciclos em nossa vida e eu preciso encerrar esse. Procuro eles desde 2016. Agora decidi fazer um vídeo e colocar nas redes sociais. Foi aí que tomou essa proporção gigante. A única pista que tenho é que meus pais biológicos não são daqui de Feira, mas não sei se procede essa informação. O que foi dito a minha mão adotiva é que eles foram para São Paulo”.

Lausanne não sabe nomes, lugares, só o que foi passado para a sua mãe. Quando descobriu que era adotada a sua única reação foi chorar. “Minha mãe me acalentou. Ela guarda essa carta, as roupas, o primeiro registro. Assim a vida foi levada naturalmente. Não mudou muita coisa. Ela já tinha dois filhos biológicos: uma menina de 16 e um menino de quatro meses. Cheguei ainda a ser amamentada por ela. Depois de mim ainda criou mais duas meninas, uma delas já falecida”.

Ela espera encontrar seus pais para encerrar esse ciclo. “Na cabeça de quem é filho adotivo sempre tem interrogações. Como estão meus pais? Tenho irmãos? As datas comemorativas sempre vêm o questionamento se eles estão bem como eu estou. Quero fechar esse ciclo para dar continuidade na vida”.

Lausanne tem três filhos: um menino de 16, uma menina de 13 e o menor de 11 anos. “Me coloco na condição de mãe e penso que ela deve ter sofrido muito para entregar uma filha dela para adoção de não saber nada a respeito. As interrogações que ficam na minha cabeça enquanto filha e mãe, penso que na dela também deve existir”.

Quem tiver informações para ajudar Lausanne pode ligar para (75) 99190-9325 e em sua rede social que é o @lausannevicentin. 

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