Não é só a Sociedade Montepio dos Artistas fundado em 1874, por homens negros, que tiveram participação nos movimentos abolicionistas, que sofre ameaças e pode ser extinta neste século XXI. A secular Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte também vive momentos tensos por disputa interna de poder. Há em curso, uma trama com uma guerra judicial envolvendo integrantes da Irmandade.
Para que não sabe, a festa realizada no ano passado, aconteceu num ambiente tenso, conflituoso, causando muito mal estar entre as chamadas irmãs de beca(a maioria).
Processos, citações judiciais, proibição e até liminar proibindo reuniões das irmãs mais velhas para tomar decisões internas. O conflito continua e a Irmandade segue sob risco de ser destruída.
Ao que se sabe, a querela do Montepio é pelos últimos bens da sociedade. Já na Irmandade fundada e mantida por mulheres negras, a briga é pelo controle via estatuto novo, registrado à toque de caixa no cartório de Cachoeira, a revelia das irmãs mais antigas. O controle da irmandade garante a assinatura de vultosos convênios com órgãos governamentais.
É preciso que haja uma mobilização em defesa do legado do povo negro cachoeirano. A cobiça está apagando essa valiosa memória.
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