O quadro “Palavra de Médico” deste domingo (9), com o clínico geral e cirurgião, o médico Tarcízio Pimenta, falou sobre medicamentos genéricos e sua confiabilidade. O medicamento genérico é aquele que contém os mesmos princípios ativos, na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência, apresentando eficácia e segurança equivalentes à do medicamento de referência e podendo, com este, ser intercambiável.
Segundo Tarcízio, é aquele medicamento que você compra com tarja amarela e com um grande G, que significa que ele é genérico. “Eles estão completando 25 anos de existência em uma lei de 1999 que o regulamentou”.
Ele diz que é muito questionado sobre se o genérico presta e faz efeito. Às vezes, o médico é visitado pelo representante do medicamento, dando a ele amostra grátis e ele acaba prescrevendo-o continuamente. “Toda vez que que vier um paciente para ele, ele vai passar o medicamento de marca, de referência. Alguns até condenam o genérico, sendo que ele é eficaz e eficiente sim. Deve ser utilizado. Para se ter uma ideia, 85% dos medicamentos do Farmácia Popular são genéricos. 79% dos consumidores compram ou já compraram o medicamento genérico. 45% das pessoas no país usam ele. Os preços são geralmente 35% a 40% menos que o medicamento de marca”.
Para ele, é importante que as pessoas saibam disso porque começa a quebrar alguns mitos que existem em relação a ele. “Eu digo que existe até um preconceito burro de que os genéricos não prestam. O genérico é fiscalizado Anvisa, tem que passar por testes de laboratório, enviar toda a documentação para ser liberada a comercialização. A diferença de preço acontece porque o medicamento de marca perdeu a patente passado 20 anos. E aí os laboratórios podem fazer a cópia perfeita desses medicamentos”.
Tarcízio ressalta que a diferença não está na eficácia e na eficiência do medicamento de marca para o genérico. “O princípio ativo é o mesmo. A droga que é fabricada, a substância utilizada para fabricar o medicamento é a mesma. A diferença vem no tamanho do comprimido, da capsula. Pode haver uma cápsula menor ou maior. Pode estar também no recipiente, ou seja, a substância que vai carregar aquele medicamento que está dentro do comprimido ou do líquido. Na embalagem, na rotulagem também. Não está na eficácia e na questão de resolver o problema do paciente doente”.
O próprio governo também deixou de falar, dar informação e fazer propaganda sobre o medicamento genérico. “A população foi envelhecendo, ficando idosos ou até mesmo os adolescentes não tem conhecimento sobre isso. Vai na farmácia, o atendente pega a receita e oferece o genérico dele. O problema é que existem pessoas sem escrúpulos fabricando remédios e os colocando em farmácias sem qualquer origem. São os chamados medicamentos modificados. São medicamentos sem procedência que as pessoas compram e começam a utiliza-lo inocentemente. Acontece que você está usando medicamento sem nenhuma eficácia ou função em seu corpo”.
O médico ressalta que há a necessidade de se fiscalizar farmácias e prender os medicamentos e quem está os produzindo. “Cuidado com as promoções do leva três caixas e pague uma porque entre eles pode estar o medicamento modificado. Pergunte sempre ao farmacêutico, hoje é obrigado a ter em farmácias, qual é o laboratório que você está levando o genérico para que você não fique trocando. Pode haver diferença nas linhas de fabricação de um laboratório para outro e pode dar problema”.
O medicamento genérico também não demora para fazer efeito, como muitos dizem. “A eficácia e dosagem é a mesma. Ele tem segurança e você deve sim utilizar e ser prescrito”, finaliza.
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