O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), superou a votação para o primeiro mandato e se reelegeu com 78,7% dos votos. O gestor também superou a votação do ex-prefeito ACM Neto (União), que em 2016 se reelegeu com 73,99% dos votos. Neste ano, Bruno disputou com Kleber Rosa (PSOL), que ficou em segundo lugar, com 10,42%, e com Geraldo Jr (MDB), que teve 10,33%.
Em eleições municipais, diferentemente das eleições estaduais e nacionais, o povo deixa de lado o voto ideológico e elege aquele candidato que mais adequa a figura de "síndico" da cidade. E foi nessa perspectiva que Bruno Reis (União Brasil) foi reeleito. A última semana antes das eleições em Salvador confirmou o cenário projetado: o prefeito consolidou-se como um postulante inatingível diante da sua alta popularidade nas comunidades mais carentes. Durante toda a campanha, o gestor jamais teve seu cargo colocado em xeque - talvez pela falta de adversários realmente competitivos.
Apesar das críticas dos adversários por priorizar a orla e as áreas turísticas em sua gestão, o prefeito fez de sua campanha um esforço para neutralizar essas acusações, focando em compromissos nas periferias da cidade. Apoiado por lideranças comunitárias e mais de 500 candidatos a vereador, o aliado de ACM Neto (União Brasil) expandiu seu apelo eleitoral, garantindo uma posição confortável nas pesquisas de intenção de voto.
Enquanto isso, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB), apoiado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) como o candidato único da base aliada e com todo o aparato da máquina estadual, enfrentou muitas dificuldades para mobilizar a esquerda e convencer de que ele poderia fazer uma oposição aguerrida. Mesmo unificando os partidos em torno de sua candidatura, Geraldo não conseguiu se provar competitivo, fazendo uma campanha morna e sem grandes denúncias.
Na tentativa de distanciar-se de qualquer polarização ideológica, Bruno Reis manteve distância de Jair Bolsonaro, mesmo com o PL em sua aliança, e construiu uma campanha que atraiu até a simpatia da esquerda menos radical. Por outro lado, Geraldo Júnior, que contou com o apoio formal do PT e usou a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua propaganda, não viu engajamento direto de Lula nem de Rui Costa, ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil.
Com uma estratégia bem-sucedida e uma campanha voltada às áreas menos privilegiadas, Bruno Reis garantiu sua permanência à frente da prefeitura, com um mandato que promete consolidar ainda mais sua liderança política em Salvador. Nos bastidores, inclusive, já se comenta que o gestor deve ser um dos nomes colocados na mesa para a disputa ao Governo da Bahia em 2026, já que Neto não estaria disposto a correr o risco pela segunda vez de perder uma eleição para Jerônimo. O dia seguinte já começou.
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