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Foi lançado na última quarta, dia 02 de outubro, o edital do Programa Carnaval Ouro Negro 2025, que completa 16 anos de existência. É a oportunidade para entidades culturais, de matriz africana ou indígena, garantirem recursos para o desfile de carnaval no ano que vem. O prazo para inscrição vai até 30 de outubro.
Com o objetivo de dar suporte a essas entidades carnavalescas e possibilitar a elas maiores chances de garantir esses recursos, será realizado o curso “Ouro Negro na avenida: potencializando seu bloco de carnaval”, uma iniciativa do advogado Caio Rocha, sócio do escritório Rocha e Advogados. "O programa Ouro Negro garante o carnaval e, mais, a sobrevivência desses blocos, que não têm outro patrocínio a não ser o governo do estado ou a prefeitura de Salvador. Alguns outros blocos maiores, como Ghandy e Olodum, têm apoio de empresas privadas, mas esses blocos culturais só contam com o apoio público para desfilar”, declarou Caio Rocha.
O evento vai acontecer na próxima quarta, dia 09 de outubro, no auditório do Hidden Salvador, localizado no Hotel Colonial, Rua Chile, n° 07, Centro Histórico. A programação começa duas da tarde e segue até às 17 horas, tendo a participação de representante da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBa). O evento também conta com o apoio do COMCAR (Conselho Municipal do Carnaval de Salvador) e da Federação das Entidades Carnavalescas do Estado da Bahia, que irão emitir certificado de participação.
Caio Rocha - Foto: Divulgação
Nos últimos quatro carnavais, o advogado Caio Rocha tem se especializado em cuidar de todo o processo de licitação do Programa Ouro Negro, desde a elaboração do projeto até a prestação de contas. Atendeu mais de dez blocos nesse período, entre eles o Malê Debalê e o Bloco da Saudade. O tradicional Malê Debalê, por exemplo, bloco fundado em 1979 no bairro de Itapuã, mesmo estando fora do processo há mais de 10 anos, retornou no ano passado e conseguiu a maior pontuação no ranking de classificação, garantindo o apoio financeiro para o carnaval de 2024. "A gente cuida de todo o processo. Fazemos a construção do projeto discutindo com a entidade. É uma licitação e tudo é muito burocrático. Todo valor que você coloca no projeto tem que ter orçamento e a gente consegue os orçamentos. Conseguimos as certidões, toda a documentação necessária. O processo leva cerca de dois meses e é bem corrido”, explica Caio Rocha.
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O curso “Ouro Negro na avenida: potencializando seu bloco de carnaval” é gratuito e vai acontecer em um dos cenários mais importantes na história do carnaval de Salvador, a Rua Chile, Centro Histórico da cidade. É onde, no n° 07, está localizado o Hotel Colonial, endereço do Hidden Salvador. A programação começa duas da tarde e segue até às 17 horas.
Programa Ouro Negro
Concebido em 2008, o edital Ouro Negro concede apoio financeiro para a realização dos desfiles carnavalescos de entidades de matrizes africanas e indígenas, como blocos afro, afoxés, samba, reggae e blocos de índio. O objetivo ao longo destes 16 anos é promover a preservação e valorização da presença destes blocos no carnaval. Envolver as novas gerações, garantindo a transmissão desse legado cultural, também faz parte do objetivo do edital, que é uma ação da SecultBa em parceria com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi).
Em 2024, o valor distribuído pelo edital para mais de 170 entidades chegou a R$ 14,7 milhões, quase o dobro dos recursos de 2023 (R$ 8 milhões). Além do Carnaval de Salvador, também foram contemplados, com valores entre R$ 30 mil e R$ 1 milhão, grupos que participaram da Micareta de Feira de Santana, da Lavagem do Bonfim, Lavagem de Itapuã, da Lavagem de Santo Amaro e do carnaval de outras cidades do interior.
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