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Economia Bandeira vermelha

Bandeira vermelha volta após 3 anos e conta de luz fica mais cara

A Neonergia Coelba aponta uma série de medidas simples no dia a dia para ajudar a economizar.

02/09/2024 08h43
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Romildo de Jesus
Foto: Romildo de Jesus

A população começou o mês de setembro, ontem, com uma notícia bastante desagradável: de agora em diante, em todo o Brasil a conta fica mais cara R$ 7,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. A decisão de adotar a modalidade pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acontece depois de três anos, quando em agosto de 2021 a bandeira foi acionada por conta da crise hídrica no país.

Apesar da mudança que vai afetar o bolso da maioria dos brasileiros que moram nas cidades, uma vez que o consumo médio em uma casa brasileira na zona urbana é de aproximadamente 150 kWh a 200 kWh (sem ar-condicionado), a Neonergia Coelba aponta uma série de medidas simples no dia a dia para ajudar a economizar. Saber usar o ar-condicionado na temperatura ideal, desligar o ventilador, diminuir o tempo de chuveiro elétrico e geladeira aberta são algumas das dicas.

Segundo a Aneel, "Não era acionada bandeira vermelha patamar 2 desde agosto de 2021. Uma sequência de bandeiras verdes foi iniciada em abril de 2022 e interrompida apenas em julho de 2024 com bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto”.

As mudanças climáticas, que começam a ficar imprevisíveis, têm interferência na decisão da Agência nacional. O cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais.

Outro fator apontado pela Anel foi a seca na região Norte, onde se concentram usinas hidrelétricas importantes que por sua vez estão gerando menos energia. Nos horários de pico de consumo e baixa geração de energia renovável, no início da noite, é necessário acionar usinas termelétricas – que são mais caras.

Conselhos 

Procurada, a Neoenergia Coelba – responsável pelo fornecimento no Estado da Bahia - reforçou dicas de economia com adoção de atitudes simples no dia a dia. Segundo a empresa, diminuir o uso de ar-condicionado, de ventiladores e chuveiros elétricos, ligar a luz só quando realmente for necessário e utilizar as que são de LED, são algumas das recomendações.

No caso de ar-condicionado e ventilador, o recomendado é manter a temperatura do aparelho entre 23ºC e 25ºC e programar o desligamento automático durante a madrugada. A outra opção é adquirir aparelhos com a tecnologia Inverter, onde há melhor uso do compressor. Outro detalhe importante é conferir a manutenção do aparelho, limpar filtros e saídas de ar a cada duas semanas.

No caso de compra de um aparelho, optar por modelos Split, dotados de tecnologia Inverter. Eles são até 60%, evitando picos de energia.

No chuveiro elétrico, a opção verão consome até 30% menos energia. Além disso, deve-se tomar banhos rápidos, e desligar a água quando estiver ensaboando. No caso de geladeiras, deve-se verificar a borracha de vedação e evitar alimentos quentes; manter o aparelho a pelo menos 10 centímetros de distância da parede, evitando que o calor aumente excessivamente na parte traseira. Deve-se abrir a geladeira o mínimo de vezes possível.

Para se ter mais luminosidade nos ambientes, evitar paredes escuras; optar por lâmpadas LED e econômicas e apagar sempre que sair do cômodo.

Povo - Para o proprietário de uma lanchonete na Mouraria, Gabriel Veiga, o governo federal deveria encontrar formas de não levar as intempéries do clima para o bolso do consumidor.

“Nós que somos comerciantes gastamos muito pra sobreviver e nos esforçamos para não levar aumentos para nossos clientes. Recentemente foi a bandeira amarela, agora a vermelha. É possível que venha uma nova bandeira? Isso vai afetar o bolso de todo mundo, porque nossos produtos também vão ficar mais caros, e nossos clientes vão reclamar”, reclamou.

Para a Aneel, o sistema de bandeiras estimula o próprio consumidor a controlar sua tarifa, economizando energia e, assim, diminuindo a necessidade do sistema todo de acionar as termelétricas. Especialistas lembram que o acesso a energia elétrica deve se tornar essencial para a consumação dos direitos sociais previstos na Constituição Federal.

Tarifa Social 

A Tarifa Social de Energia Elétrica é uma iniciativa que permite aos consumidores de baixa renda pagar menos, com benefícios podem chegar a 100% de desconto, a depender do consumo mensal, sendo concedido apenas para consumidores residenciais.

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