Preocupado com a alta do dólar e seu impacto na inflação futura, o Banco Central informou que "não hesitará" em elevar a Taxa Selic para garantir "a convergência da inflação à meta se julgar apropriado". A declaração consta na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem.
O documento detalha a reunião do grupo na última semana, que resultou na decisão de manter a taxa básica de juros da economia em 10,50% ao ano pela segunda vez em 2024.
Segundo o BC, a reunião abordou as recentes variações que afetam a inflação, como as expectativas da inflação e a forte alta do dólar nas últimas semanas.
"Observou-se que, se tais movimentos se mostrarem persistentes, os impactos inflacionários decorrentes podem ser relevantes e serão devidamente incorporados pelo Comitê. Em função disso, o Comitê avaliou que o momento é de acompanhamento diligente dos condicionantes da inflação e de maior vigilância perante um cenário mais desafiador", adicionou o Banco Central.
A taxa de câmbio pode afetar os preços domésticos de diversas formas, por exemplo, por meio da importação de produtos e insumos ou pela comparação dos preços no Brasil com os do mercado internacional. Além disso, taxas de juros mais altas tendem a limitar a valorização do dólar.
"Percepção mais recente"
Na ata, o Copom também avalia que há uma "percepção mais recente" dos agentes do mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço fiscal. Segundo o comitê, esse fator "vem tendo impactos relevantes sobre os preços de ativos (como o dólar e juros futuros) e as expectativas (de inflação, que estão em alta)".
Por esse motivo, o Copom avaliou que as projeções de inflação para os próximos anos têm crescido, e que o cenário atual é marcado por mais riscos, sendo "desafiador". Nesse contexto, diz que "desenrolar do cenário será particularmente importante para definir os próximos passos de política monetária".
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