É muito comum ouvir mulheres dizerem que “homens são todos iguais, que só mudam de CPF e endereço”. Algumas vão mais além e dizem que “homens não prestam”. Na realidade as mulheres não têm nada contra os homens como seres humanos, haja visto que a maioria se relaciona com homens, porém são contra o sistema machista que usa e abusa da mulher, o que não é aceito por Lilith, personagem dos “evangelhos apócrifos”.
Atualmente, podemos observar uma divisão na qual coexistem duas mulheres com características opostas na sociedade contemporânea: a Lilith, que não aceitou ficar “por baixo de Adão” e a Eva, que vive quase exclusivamente como mulher e amante em dedicação total ao homem, filhos e ao bom nome da família, mesmo tendo sido classificada no Livro do Gênesis como traidora. Foi considerada o demônio do pecado gerado pelos religiosos, como sendo ELA a eterna culpada pelo mal da humanidade – a mulher era vista em tempos remotos como a porta para o inferno, culpadas de terem introduzido sobre a terra o pecado, a infelicidade e a morte.
Lilith é uma figura lendária que tem origens em diferentes mitologias, evangelhos apócrifos e tradições ao redor do mundo. Na tradição judaica, ela é considerada a primeira esposa de Adão, criada da mesma forma que ele, ao contrário de Eva, que foi feita a partir de uma costela de Adão, o que significa submissão. Lilith é descrita como uma mulher forte e independente, que se recusou a se submeter a Adão e foi expulsa do Jardim do Éden por isso. Ela é muitas vezes associada à rebeldia, liberdade e poder feminino.
Além da tradição judaica, Lilith também aparece em mitologias sumérias, babilônicas e assírias, onde é retratada como uma deusa da noite e protetora das mulheres grávidas e das crianças. Sua imagem evoluiu ao longo dos séculos, sendo interpretada de diferentes maneiras, desde uma figura demoníaca até um símbolo de resistência feminina. A história de Lilith continua a fascinar e inspirar artistas, escritores e estudiosos, que exploram seu significado e impacto até os dias atuais.
A mulher contemporânea e Lilith são dois temas que podem ser explorados sob diferentes perspectivas. A mulher contemporânea representa a figura feminina nos tempos atuais, caracterizada por sua independência, força, e luta por igualdade de direitos. Ela desafia estereótipos de gênero, busca por autonomia financeira e emocional, e rejeita padrões tradicionais que limitam seu potencial.
Em contrapartida, esta suposta independência não trouxe nenhuma mudança. Atualmente, há mulheres graduadas em medicina, advocacia, ocupam cargos de deputadas, senadoras e até ministras, no entanto, elas ainda não desfrutam dos mesmos benefícios e não são respeitadas da mesma maneira que os homens.
Mesmo com as recentes conquistas, elas continuam sendo desrespeitadas, assediadas, estupradas, espancadas e sempre inserida na eterna dicotomia entre a santa e a puta, a Lilith e a Eva. Há de fato uma pseudo-igualdade da mulher contemporânea.
Ambas as figuras, a mulher contemporânea e Lilith, representam a busca por autonomia e liberdade feminina, cada uma à sua maneira. Enquanto a mulher contemporânea luta por igualdade e reconhecimento em uma sociedade ainda patriarcal, Lilith simboliza a quebra de padrões opressivos e a afirmação do poder feminino. A análise dessas duas figuras pode proporcionar insights interessantes sobre a evolução da posição da mulher na sociedade ao longo do tempo e as lutas ainda enfrentadas para a conquista de seus direitos e liberdades.
A Lilith oculta na mulher contemporânea, ultrapassa todos os paradigmas. Ela é pura emoção, força vulcânica, chama ardente, que queima sem piedade, pois ela é implacável e irreprimível! Só precisa ser externada publicamente.
Lilith é a mulher totalmente livre, que não aceitou o domínio do homem.
Por Alberto Peixoto
Filme Distrito da Matinha vira cenário de novo longa baiano que destaca resistência quilombola
Santa Bárbara Caruru de Santa Bárbara retorna ao Mercado Municipal de Santo Estevão Velho com tradição, fé e identidade cultural
Orquestra da Uefs Orquestra da Uefs se apresenta no Teatro do Sesc, nesta sexta
Festival de Violeiro Uefs promove 47° Festival de Violeiros de Feira de Santana no dia 05 de dezembro
Cultura Filarmônica União Sanfelixta realiza IX Encontro de Filarmônicas em São Félix neste fim de semana
Crônica da semana A deusa Atena e o sexo na Grécia antiga 
Mín. 22° Máx. 34°
Mín. 22° Máx. 34°
Chuvas esparsasMín. 22° Máx. 31°
Chuvas esparsas



