Moro: o Batman brasileiro

O super-herói americano Batman foi criado em maio de 1939 pelo escritor Bill Finger e pelo artista Bob Kane. Um morcego que combate o crime na cidade fictícia de Gothan City e que tem como auxiliares seu mordomo Alfred e seu parceiro Robin.

Ao contrário da maioria dos super-heróis americanos, Batman não possui superpoderes. Ele faz uso do seu intelecto de gênio, de sua perícia em artes marciais e de uma vontade indomável na sua guerra contra o crime. Seu principal objetivo é punir os criminosos independentemente de classe social.

Infelizmente, o Batman-Moro ou Moro-Batman, age de forma contrária ao herói americano. A luta do “herói” (?) brasileiro tem como base a exceção, ou seja, uma situação oposta ao Estado de Direito. É uma preocupante ameaça à ordem constitucional democrática, destacando-se pela suspensão de direitos e garantias constitucionais, numa atitude ditatorial que resulta em uma revolução ou golpe contra os direitos do cidadão.

Resumindo, o Batman-Moro protege seus afilhados e persegue todos que não fazem parte da sua curriola. Se for do PT, é sempre culpado; sendo dos demais Partidos de Direita, não vem ao caso.

O nosso mamífero voador tem como princípio básico filtrar os depoimentos na tentativa de atingir Lula, Dilma ou a quem pertencer ao PT.

Pode-se comprovar isso através das mais de 50 vezes que o covarde e irresponsável Aécio Neves foi citado nas delações da Lava Jato. Mas isso “não vem ao caso”. Ficou impune.

Temer, por sua vez, foi denunciado em delação premiada pelos donos da rede de frigoríficos JBS, Joesley e Wesley Batista, que gravaram o golpista dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha.

Quando Ministro da Justiça do governo Bolsonaro, protegeu o vereador Carlos Bolsonaro por disseminação de fake news e o senador Flávio Bolsonaro no suposto esquema de apropriação de salário dos assessores, as rachadinhas que ocorriam em seu gabinete.  

Atualmente o herói de araque enfrenta duas ações na Justiça Eleitoral que requerem a cassação do seu mandato de senador. O teor destas ações compreende acusações de abuso de poder econômico e suspeita de caixa dois em sua campanha para o Senado.

Moro, o calhorda, na verdade está mais para o vilão Coringa do que para herói.

Alberto Peixoto