Terça, 02 de Dezembro de 2025 11:58
75 98160-8722
Feira de Santana Câmara

Eremita Mota acusa Fernando Torres de impedir seu acesso a projetos da Câmara; ele rebate

Acusação foi feita durante a sessão desta quinta-feira (08)

08/12/2022 19h11 Atualizada há 3 anos
Por: Boca de Forno
Foto: Jornal Grande Bahia
Foto: Jornal Grande Bahia

 

Na sessão desta quinta-feira (08) na Câmara Municipal de Feira de Santana, a vereadora e próxima presidente da Casa, Eremita Mota, acusou o atual presidente Fernando Torres de impedir o seu acesso a projetos, questionado os motivos para isso. Ele, no entanto, rebateu as acusações e disse que apenas seguiu orientações de enviar os projetos apenas para a Comissão de Finanças e Orçamento e não para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

“Eu fui no Legislativo, e não quero aqui usar nomes, mas a pessoa que eu fui procurar me disse: o presidente deixou ordem para não lhe entregar projeto nenhum. Isso é grave, profissionais de imprensa, isso que está acontecendo é impossível, não estou aqui para apontar ninguém, mas a pessoa que me disse tem que se responsabilizar. Por que eu não recebi o projeto? Por que está acontecendo isso? Não pedi para ter comissão, não fiz nenhum lobby para ser presidente de comissão, mas sou presidente da comissão e eu quero seguir o regimento interno, como nós estávamos seguindo”, ressaltou Eremita durante a sessão. 

Ela lamentou a situação e pediu apoio do vereador Jhonatas Monteiro, para tomar providências em relação à falta de acesso aos projetos. 

“Precisamos tomar uma providência urgente nessa Casa para que essas coisas não continuem e se tornem um vício. Ao longo dos meus cinco mandatos, nunca vi registrar uma situação dessa, rasgar o regimento dessa Casa da maneira que está sendo, sem nenhum respeito por ela”, afirmou. 

Fernando Torres rebateu a vereadora, afirmando que sempre foi elogiado por ela, no entanto, segundo ele, Eremita mudou após a decisão dele de deixar o grupo ao qual pertencia, passando a tratá-lo de maneira diferente. A saída do grupo, conforme o atual presidente, aconteceu porque Torres não estava concordando com a chantagem que estava sendo feita, liderada pelo filho de Eremita. 

“Não me arrependi de ter lhe colocado como presidente, não sei se tem capacidade ou não de ser presidente da Casa, porém, se fosse hoje eu não voltaria novamente, porque eu lhe conheci após a sua eleição, alguns vereadores que já foram seus colegas chegaram a me alertar me dizendo que V.Exa. era bipolar, eu não concordava. Mas V.Exa. dizer, que trato a Câmara como se fosse uma coisa minha, para mim isso é um elogio, porque trato mesmo, tratei a Câmara como se fosse uma empresa minha, até melhor, porque aqui é dinheiro público”, disse ele. 

Torres afirmou que não agiu para que Eremita não tivesse acesso aos projetos, mas obteve orientação de como deveria seguir com os projetos, enviados somente para a Comissão de Finanças e Orçamento e não para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

“Consultei a Procuradoria, alguns advogados e esses advogados orientaram o presidente a mandar para a Comissão de Finanças e Orçamento, porque a questão trata disso, de finanças e orçamento, não é uma questão de justiça, orçamento é fiscalização. Na Câmara Federal, o orçamento não vai para a CCJ, para ter essa decisão, liguei para um deputado que sempre fez parte da CCJ, que me disse: Fernando, o correto é mandar para a Comissão de Finanças e Orçamento, não fiz nada não para não lhe enviar”, finalizou. 

 

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.