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Política Rio de Janeiro

Sérgio Cabral passa mal e desmaia na cadeia após saber de pedido de prisão do filho

Ex-governador está preso no Batalhão Especial Prisional e foi atendido em uma unidade de saúde da cadeia, segundo o filho Marco Antônio Cabral e fontes da Polícia Militar.

23/11/2022 14h16
Por: Boca de Forno Fonte: G1
Reprodução/ Tv Globo
Reprodução/ Tv Globo

O ex-governador Sérgio Cabral passou mal e desmaiou na cadeia ao saber que o filho José Eduardo Neves Cabral é um dos procurados da Operação Smoke Free, deflagrada nesta quarta-feira (23) pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF), contra “uma organização criminosa armada e transnacional especializada em comércio ilegal de cigarros”.

O ex-governador está preso no Batalhão Especial Prisional (BEP) e estava sendo atendido, por volta das 11h, na enfermaria da unidade de saúde da cadeia, segundo o filho Marco Antônio Cabral e fontes da Polícia Militar. De acordo com a PM, o estado de saúde de Sérgio Cabral é estável. 

Até a última atualização desta reportagem, 13 pessoas haviam sido presas na operação, e José Eduardo não tinha sido encontrado. 

Entre os alvos também estão PMs, bombeiros, um policial federal e Adilson Coutinho Oliveira Filho, o Adilsinho, procurado desde a Operação Fumus, de junho do ano passado, também contra o comércio irregular de cigarros. 

O g1 apurou que Adilsinho viajou para os Estados Unidos há 10 dias e já é considerado foragido

Cerca de 40 equipes foram para endereços na capital e na Baixada Fluminense, a fim de cumprir 27 mandados de prisão.

A PF afirma que o grupo criminoso investigado é responsável por causar prejuízos à União de cerca de R$ 2 bilhões

A força-tarefa conta com o apoio da US Homeland Security Investigations, a Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos. 

A 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiroexpediu também 50 mandados de busca e apreensão e determinou bloqueio, sequestro e apreensão de bens no valor de R$ 300 milhões. Dentre os bens, estão imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie e depósitos em contas bancárias. 

Três anos de operações ilegais

De acordo com a investigação, iniciada em 2020, desde 2019 “o grupo criminoso reiteradamente, com falsificação ou não emissão de notas fiscaisdepositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas, como facções e milícias”. 

“Em consequência, efetuava a lavagem dos recursos obtidos ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior de forma irregular”, afirma a PF. 

Ainda segundo os investigadores, a quadrilha contava com “uma célula de serviço paralelo de segurança”, coordenada por um policial federal e integrada por policiais militares e bombeiros. 

“O grupo econômico que suporta a organização criminosa investigada é devedor contumaz da União e possui débito tributário de aproximadamente R$ 2 bilhões, segundo informado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional”, destaca a PF. 

Os investigados podem responder pela prática de crimes de sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas.
Se condenados, podem pegar 66 anos de reclusão

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