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Cultura Crônica

A classe média brasileira: os pobres primes

Por Alberto Peixoto

08/10/2022 09h21
Por: Karoliny Dias Fonte: Alberto Peixoto
Foto: Reprodução / Facebook / O Brasil que deu certo
Foto: Reprodução / Facebook / O Brasil que deu certo

A classe média brasileira, segundo levantamento efetuado no mês de abril, possui uma renda mensal entre R$ 2,9 mil e R$ 7,1 mil e, mesmo assim, alguns se acham ricos, principalmente aqueles que possuem casa própria e um carro. Destes, 75% possui casa própria, 18% vive em casa de aluguel e 7% em moradias cedidas conforme publicou o Instituto Data Popular.

Esta classe pode ser classificada como os pobres premiums, os de condições financeiras e social melhor do que boa parte da população. Uma grande parcela deste segmento se acha rica, mesmo sendo dependente de receber salário mensalmente. Não são financeiramente independentes.

O rico não trabalha, fica em casa e manda o seu dinheiro trabalhar por ele – Luiz Augusto Carneiro, servidor público estadual.

Na realidade o pobre premium não observa que estão sendo usados pelas classes dominantes: ricos, empresários, políticos. Para estes é bom que a classe trabalhadora tenha menos direitos sociais. O dinheiro que seria repassado para as instituições sociais fica em seu bolso.

O pobre premium, também conhecido como “classe média”, ainda não percebeu que ele depende do SUS – Sistema Único de Saúde –, do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social – e de educação para seus filhos; fundamental e ensino superior, principalmente.

O verdadeiramente rico, para se aposentar, não depende do INSS porque ele já é rico. Na realidade, nem se preocupa com aposentadoria e também não necessita de atendimento médico pelo SUS porque este sim, é rico.

Já o pobre premium, aquele que se acha rico, depende de todos estes sistemas e serviços pagos com o dinheiro dos impostos, dinheiro do povo, que é a classe que paga mais impostos neste país e são mal servidos. Para a classe rica sobram artifícios para burlar as leis do fisco.

Os direitos do trabalhador, assegurados pela Constituição Federal, neste governo de Jair Bolsonaro foram praticamente exterminados. A alteração do texto da MP 1.045 aprova a redução do salário e jornada de trabalho do colaborador.

Caso haja uma reeleição desta facção política – permanência do Bolsonarismo no poder – vai ser extinto também o 13º salário, férias remuneradas entre diversos outros direitos trabalhistas.

Infelizmente “os escravos ainda não entenderam que são escravos” e ainda insistem em votar neste bando. Haverá mais uma oportunidade de se dar um basta nesta situação perversa no próximo dia 30.

Por Alberto Peixoto

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