No decorrer de mais de 300 anos de escravidão no Brasil, os quilombos tiveram a função de meio de evasão contra a privação da liberdade e da violência praticada na senzala pelos senhores de escravos. Aos poucos estas comunidades de negros fugitivos foram se organizando, passando a cultivar a terra e trocando parte da colheita por utensílios e alimentos que supriam suas necessidades. Em toda a região que houve escravidão, houve resistência, luta pela liberdade, fugas e daí a formação dos quilombos. O mais famoso de todos foi o Quilombo dos Palmares, em Alagoas, quando ainda pertencia a capitania de Pernambuco.
Foram desembarcados em terras brasileiras um total aproximado de 4 milhões de negros que teve participação direta na fundação e no desenvolvimento econômico do país, através do seu trabalho escravo. Nossas raízes – origens do povo brasileiro - se assentam nas relações raciais entre os negros, brancos e indígenas, sendo o Nordeste a principal porta de entrada dos negros trazidos da África, por volta do século XVI para trabalharem nas plantações de cana de açúcar.
Na luta pela independência do Brasil e pela abolição da escravatura, o negro, o índio e o vaqueiro sertanejo, tiveram participação importantíssima, principalmente na Bahia, fazendo resistência às tropas portuguesas que estavam sediadas em províncias que se opunham à independência do Brasil de Portugal e teve como grande aliada a heroína feirense Maria Quitéria de Jesus, nascida no sitio Licurizeiro, pequena propriedade nos arredores da Vila de São Jose das Itapororocas - hoje distrito de Maria Quitéria - na comarca de Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira, atual município de Feira de Santana, no estado da Bahia,
Nestes conflitos tivemos diversos outros heróis e heroínas como: Maria Felipa, Soror Joana Angélica, Tambor Soledade, o corneteiro Luiz Lopes e diversos negros só que estes não foram lembradas, obstruídas pela descriminação racial e social que sempre houve e há, infelizmente, até hoje em nosso país.
Conseguiu-se a abolição da escravatura no Brasil – Lei Áurea de 13 de maio de 1888 - mas ainda hoje há escravidão no país. Não se sabe se tão dolorosa como a do passado, onde os feitores açoitavam os negros no tronco ou a atual, na qual o açoite dos chicotes do racismo e do preconceito ferem a alma de todos.
Tristemente, chega-se à conclusão de que o racismo e a falta da liberdade é um problema social histórico, sempre ligado à exploração dos mais poderosos contra os mais fracos. Para extirpar de vez este mal da face da terra, é fundamental acabar com o capitalismo selvagem e toda forma de exploração do homem pelo homem.
Por Alberto Peixoto
Filme Distrito da Matinha vira cenário de novo longa baiano que destaca resistência quilombola
Santa Bárbara Caruru de Santa Bárbara retorna ao Mercado Municipal de Santo Estevão Velho com tradição, fé e identidade cultural
Orquestra da Uefs Orquestra da Uefs se apresenta no Teatro do Sesc, nesta sexta
Festival de Violeiro Uefs promove 47° Festival de Violeiros de Feira de Santana no dia 05 de dezembro
Cultura Filarmônica União Sanfelixta realiza IX Encontro de Filarmônicas em São Félix neste fim de semana
Crônica da semana A deusa Atena e o sexo na Grécia antiga 
Mín. 22° Máx. 34°
Mín. 22° Máx. 34°
Chuvas esparsasMín. 22° Máx. 31°
Chuvas esparsas



