Liomar Ferreira fala sobre beneficio do Governo Federal para taxistas

Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos de Feira de Santana (Sincaver), presidido por Liomar Ferreira, falou sobre o auxílio que o Governo Federal prometeu para caminhoneiros e taxistas. As duas primeiras parcelas do benefício emergencial aos motoristas de táxi serão pagas em 16. O governo fez o anúncio na segunda-feira (25). O valor previsto é de R$ 1 mil por parcela.

Segundo Liomar, a medida é bem-vinda. “É na hora certa que chega essa ajuda porque a atividade de taxista é talvez a que mais foi impactada. Isso não só com a questão dos aumentos, mas antes de tudo com a chegada dos chamados transportes por aplicativo. Ou seja, o taxista, aquele que tem a única fonte de renda, ou porque não dizer como o único meio de sustento o táxi, vive uma dificuldade extrema”, afirmou.

Ele sente que haverá alguns beneficiados e outros tantos não. “Eu me refiro ao conjunto de trabalhador que vive da renda obtida através do táxi, mas que não tem a propriedade do veículo. É o chamado auxiliar. Esse companheiro, pelo visto, não foi incluído nessa proposta porque a informação que nós temos é que são as Prefeituras as encarregadas de encaminhar a lista dos motoristas de táxi. Evidentemente, o que elas dispõem de motoristas cadastrados é como proprietário. Não há registro de taxistas que não sejam na condição de dono do veículo”, explica.

 Sobre a possibilidade de diminuição do auxílio em comparação ao dos caminhoneiros, Liomar disse que o valor anunciado não atende nem a metade da categoria. “Se nós tivermos o benefício extensivo a todos os que possuem uma licença de aluguel desse carro, porque todos são considerados taxistas. Cito como exemplo municípios pequenos como São Gonçalo dos Campos. Se todos aqueles que possuem veículo de aluguel forem contemplados, considerando o tamanho do Brasil, realmente é difícil. E o valor que foi divulgado insistentemente pela imprensa determinado para contemplar o taxista foi de R$ 2 bilhões, o que não atingiria nem a metade do conjunto da classe”.

Liomar disse ainda que Feira de Santana tem 1350 táxis. “A injustiça maior mesmo é que você tem taxistas que não são taxistas e taxistas que são considerado taxistas porque ele só tem como fonte de renda para tirar o seu sustento o táxi. Mas se o se o critério é considerar taxista os que tem o veículo em nome, evidentemente que você vai incluir aí militares da reserva e da ativa, funcionário público e etc.”, disse.

Isso acontece em todo o Brasil, não é uma exclusividade de Feira de Santana nesse aspecto, destaca o presidente do Sindicato. “Você tem muita gente que não vive a dificuldade do taxista porque ele, a despeito de estar enquadrado nessa condição por ter um veículo de aluguel da sua propriedade, não depende da venda do táxi. Ele já tem uma renda própria. O táxi pode ser complemento, pode ser bico, pode ser um muitas coisas, menos a função que tira o seu sustento”, disse.

Para ele, o ideal é de que fosse buscar beneficiar quem efetivamente está na dependência da receita oriunda da atividade. “Tem sargento, tenente, soldado da Polícia Militar com salário R$ 4 ou R$ 5 mil e que tem um táxi. Onde é que esse camarada é taxista? Em lugar nenhum. Esse processo exclui quem efetivamente precisa da ajuda e inclui um monte de gente que não tem necessidade dessa ajuda porque já tem um emprego fixo”, reclamou.

O valor e o total de parcelas do benefício poderão ser ajustados de acordo com o número de beneficiários cadastrados, respeitando o limite global disponível para o pagamento do auxílio, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência.

Com informações do repórter Hely Beltrão