Presidente da Associação dos Provedores de Internet da Bahia fala sobre problemas com postes na cidade

Os provedores de internet de Feira de Santana estão tendo problemas com a sua fiação. Eles tem reclamado que a fiação tem caído e dos constantes incêndios e que tem acontecido em postes da cidade. Por esse motivo, eles reuniram, na manhã desta sexta-feira (22), com o objetivo de elaborar um plano de ação com medidas preventivas, documentação e investigação das possíveis causas dos incidentes.

A reunião aconteceu no auditório de uma churrascaria da cidade. Otto Santana, presidente da ProBahia, Associação dos Provedores de Internet da Bahia, afirmou que a reunião tem um foco importante que é esse problema dos provedores. Otto disse que de fato o fogo nos postes que estão acontecendo. "Estamos tentando levantar evidências do que realmente está acontecendo. O que precisa ficar claro na sociedade é o seguinte: a fibra ótica é feita de de vidro e plástico. Por si só ela não começa o fogo. Algo está começando esses incêndios na fibra óptica, faz com que ela rompa e fica aquele emaranhado de fios no chão", disse.

Ele disse ainda que há várias situações que eles tem evidenciado, como por exemplo a iluminação pública com fio descascado, um refletor que colocaram no poste, alguma energia que colocaram na região da área de telecomunicação. "Então por algum curto-circuito está acontecendo e pegando fogo na fibra ótica. A fibra ótica por si só não pega fogo".

A reunião é para poder levantar todos os detalhes, as melhores práticas para que eles possam contratar também uma empresa de engenharia elétrica para fazer um laudo de determinadas regiões da cidade que os ajudem a visualizar o que está provocando esses incêndios. Na reunião não estão apenas provedores de Feira de Santana, como também empresas de fora que atuam no município para que se descortine esse ambiente. "O que é importante para nós é cessar esse fogo. Vamos conversar com a Prefeitura Municipal, com o responsável pela iluminação pública para tratarmos sobre o assunto, fazer um grupo de trabalho. Vamos conversar também com a COELBA e com todos esses entes que fazem parte desse ambiente para que realmente possamos dar respostas à sociedade. Precisamos ter resposta prática do que pode ser melhorado, do que tem que ser tirado, do que não pode existir em poste e aí eliminar esses problemas".

Eles ainda querem identificar cabos que não estejam mais em uso e que fazem parte do emaranhado de fios que estão nos postes da cidade. "Queremos informar essas empresas e inclusive a COELBA, que é a detentora da concessão desses postes, de que existem esses cabos na área de telecomunicação e que  pode provocar um incêndio. É um trabalho de cooperação".

Otto diz ainda que a associação sempre orienta que todos as empresas associadas utilize os procedimentos correto para que os seus funcionários trabalhem. Procedimento esses que dão segurança em altura e a proximidade de fios elétricos. "E inclusive utilizando seus EPIs adequados. Essa questão de segurança é imprescindível. Os provedores para ter a outorga da ANATEL para poder prestar o serviço de conectividade e internet ele precisa ter os documentos necessários em dia".

A manutenção é feita geralmente a noite. Otto disse que porque a internet é um serviço essencial. No momento que rompe um cabo, rompe uma fibra, ficou um hospital, um algum órgão sem internet ou um bairro sem internet, ele recebe muitos chamados e precisa resolver isso. "As pessoas muitas estão trabalhando em home office ainda. Muita gente que pegou essa prática e ligam querendo que resolva. Como serviço essencial, tem que ser resolvido em quatro horas", finalizou.

Com informações do repórter Edvaldo Peixoto