Oficial de Justiça diz que foi agredido ao tentar intimar um cidadão em uma ação de execução

O oficial de Justiça de Feira de Santana, Leandro Hilário de Carneiro, denunciou que, quando foi entregar uma intimação, houve um princípio de confusão que culminou com todos indo para a delegacia. Ele disse ter sido desrespeitado no cumprimento da sua função. Nesse caso, Leandro disse que havia recebido três mandados de intimação e citação para esse réu em uma ação de execução. No endereço dele, estavam presentes sempre a mãe e alguns irmãos. No segundo mandado, um dos irmão já estava aborrecido com o oficial porque ele já tinha ido lá algumas vezes.

“Eles diziam que o réu estava viajando e eu não conseguia agendar uma data fazer a citação. Na última diligência, a mãe havia dito que ele estava na cidade e que retornaria. E assim tive que fazer várias diligências no local para cumprir a determinação do juiz. Não o achando, obtive um outro endereço de onde poderia encontra-lo. Chegando lá, a pessoa veio agressiva e violenta e partiu para cima de mim”, conta.

Quando percebeu que ele viria para cima dele, Leandro disse que recuou, mas levou um forte tapa em seu peito. Leandro disse que não deu tempo nem dele se identificar. “Ele tomou o mandado da minha mão, rasgou e jogou em uma água que estava em frente a sua casa que eu cai quando recuei para não tomar o tapa. E aí eu gritei que era um oficial de justiça. Ele tentou tirar um pedaço de pau de um armário de sua casa para tentar me atingir. Fui para o meio da rua e gritei para ele que aquele mandado era uma determinação do juiz e que ele estava desobedecendo”.

Logo após, o homem entrou na casa e continuou gritando e xingando o oficial. “Foi nesse momento que liguei para a Polícia Militar. Eles chegaram imediatamente e eu relatei o ocorrido. Os policiais o conduziram a delegacia junto comigo para fazer o boletim de ocorrência”. Ele diz que sua profissão é um aprendizado e ele vai criando a habilidade de lidar com os fatos. “Geralmente trabalhamos sozinhos nas ruas. Nossos colegas se queixam dessa forma de trabalho porque precisamos lidar com certos mandados para serem cumpridos que geram desconforto. Não temos segurança nenhuma”.

O oficial de justiça que não sofreu violência física sofreu violência verbal, destaca Leandro. Ele ressalta que as funções de oficial de Justiça as vezes traz certo desconforto no ato das citações. “Geralmente somos bem recebidos, mas há aqueles que não o fazem. Eles se ocultam a receber a citação e cria-se no meio da família o costume de omitir a sua presença”, disse. Com três anos de profissão, Leandro era tabelião de notas e, com a desativação do cartório, foi aproveitado como oficial de Justiça.