Colbert Martins apresenta propostas para melhorar a mobilidade urbana de Feira de Santana

O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, apresentou, na tarde desta terça-feira (30), o que ele chamou de projetos estruturantes para a cidade. Segundo ele, não são projetos de governo ou do prefeito, são projetos para o crescimento do município. “Fico alegre em poder pedir à Câmara de Vereadores que ela possa autorizar e nós possamos tomar empréstimos para que possamos aumentar, dar mais fôlego ao crescimento que a cidade tem”, afirmou.

Colbert pretende construir dois novos viadutos - um ligando o Sobradinho ao Morada das Árvores e outro no conjunto Feira IX, na saída da rua Tomé de Souza - está entre as ações de mobilidade e drenagem urbana que a Prefeitura de Feira pretende executar no município. O pedido de empréstimo no valor estimado em R$ 200 milhões será solicitado à Câmara Municipal.

Outras propostas são a ligação do bairro Tomba com a BR 324, construção de ciclovias nas avenidas Noide Cerqueira, Francisco Fraga Maia e Maria Quitéria, além da duplicação da Artêmia Pires e a construção de uma avenida para ligar a Ayrton Sena com o Aeroporto João Durval Carneiro. Também é intenção da Prefeitura realizar a drenagem e recuperação do entorno da Lagoa Grande, assim como implantar rede de drenagem nas bacias do Pojuca, Subaé e Jacuípe. 

A 2ª etapa do projeto Novo Centro que vai contemplar a reforma das praças Fróes da Motta, da Matriz e a D. Pedro II, mais conhecida como Praça do Nordestino, também foi anunciada pelo prefeito como proposta a ser executada pela administração municipal.

Colbert disse que não teme que a Câmara não aprove esse empréstimo porque ela vai discutir crescimento da cidade. “Esse empréstimo servirá para viadutos, para acabar com enchentes na cidade. Não tenho dificuldades em entender nesse momento qualquer tipo de posição que não seja a favor das pessoas. Não é para mim que quero fazer um viaduto como esse que. Ele vai beneficiar uma grande parte das pessoas do George Américo, mas é importante que Feira de Santana como um todo seja beneficiada”, explica.

As obras devem começar em torno de um ano, um ano e meio, diz o prefeito. Não é algo que ele mesmo vá concluir. Segundo Colbert, o próximo prefeito ou prefeita vai ser aquele que vai dar o andamento as obras. “Da mesma forma que em 2018 eu paguei a última prestação do contrato firmado pelo governo José Ronaldo para construção dos viadutos”.

Projeto Carbono Zero

Ainda conforme o prefeito, ele tem o projeto para transformar a cidade em carbono zero com integração ao meio ambiente. Mas o que ele quer realmente nesse momento é evitar enchentes. Portanto, a drenagem urbana para o governo é o foco, é prioritário neste momento.

Câmara de Feira

São ao todo apenas oito vereadores de situação e 13 de oposição. Colbert acredita que todos querem desenvolvimento da cidade.

“Não tenho a menor dúvida que eles darão a autorização. Esse projeto será discutido com todo mundo que tenha interesse em participar. O povo, as pessoas dos bairros, com todos os vereadores. Queremos sim a participação, a sugestão para que possamos fazer o melhor”, diz.

Meio Ambiente

O prefeito participou ainda de uma reunião que discutiu o ecossistema de inovação e tecnologia de Feira de Santana, realizada pelo Sebrae. Na opinião do prefeito, a cidade só cresce se for se for com base em tecnologia.

“Se a tecnologia não estiver junto, a gente não cresce. Não dá para poder apenas imaginar. E nós passamos a fazer isso sem estar tecnologicamente avançados. Estamos mandando para Câmara as novas formas de antena 5G e de tudo”.

Duplicação do Anel de Contorno

O prefeito esteve em Brasília para tratar a respeito da nova duplicação da BR-324. A proposta de duplicação da Av. de Contorno é do ministro Tarcísio Freitas, diz Colbert, e existe a perspectiva de que a licitação aberta possa ser anunciada de imediato.

“O nosso limite será o do período eleitoral, que a partir de maio essas questões podem não andar. Com essa proposta do Novo Anel de Contorno, ele vira a Avenida Eduardo Fróes da Mota, que volta a ser uma avenida efetivamente municipal”, explica.

Av. Artêmia Pires

Ele disse ainda que haverá um limite nas desapropriações para a realização dessas obras porque o custo delas podem ficar muito alto. Como por exemplo na Av. Artêmia Pires, onde não haverá a possibilidade de refazer tudo, mas uma boa parte das construções. “Na Artêmia vamos fazer o mais rápido que pudermos primeiro a drenagem porque não há drenagem na avenida e tem que ter. Não há esgoto nessa avenida e, com aqueles condomínios, é preciso ter os esgotos para ter qualidade. E a pavimentação que nós vamos fazer. Onde puder ser duplicado, será duplicado”, garante.

Colbert destacou que as grandes empresas só vêm para a cidade se tiver esgoto e saneamento adequados, se tiver uma rede de lógica e de transporte de dados forte. “Eles irão olhar nós temos nós temos esgoto implantado, se nós temos drenagem pronta, se nós temos antenas de 5G prontas para funcionar ou se nós temos infraestrutura. Se não, essas opções vão ser feitas em outros lugares. A área de infraestrutura é extremamente necessária, indispensável e inadiável”, afirma.

A drenagem da avenida custará R$ 15 milhões. Segundo Colbert, são mais ou menos 5km de drenagem e quando se drena essa água tem que ir para algum lugar. Uma parte importante dessa água será desaguada na Lagoa de Berreca. “Para isso, nós teremos que ver o nível de impermeabilização que já tem na Artêmia Pires, com condomínios de alto nível e de alto padrão. Por isso, o custo é maior porque trata-se de uma obra muito grande que vai que vai ficar o tempo inteiro sem vista”, diz.

Os maiores valores desse projeto foram gastos com drenagem. “Acho que desses R$ 90 milhões que gastamos, mais de 50% foram gastos com drenagem urbana”, completa.

Viaduto ligando Tomba a BR-324

A estrada Feira de Santana – São Gonçalo dos Campos já está sendo duplicada. Colbert quer uma saída que vai passar por uma rede da Chesf, onde todas as desapropriações já foram feitas, e que vai poder sair na Rua Olney São Paulo, próximo a FAMFS. “Ainda há algumas desapropriações a serem feitas. Temos que ver isso com calma, mas essa uma alternativa na parte sul da cidade. Ao invés de a pessoa ser obrigada a passar pelo Largo do Tomba e entrar na na Avenida de Contorno haveria uma saída para quem vem de São Gonçalo para a BR-324”.

São 5.900 metros de distância e na fase final de um quilômetro passa dentro da FAMFS, que é um terreno público do estado. “Nós estamos buscando uma alternativa também boa e importante de crescimento na parte sul da cidade”.

Lagoas de Feira de Santana

Todas as lagoas estão sendo integradas e mantidas as suas áreas envoltas porque servem também para protege-las, diz o prefeito. “Os recursos são de ordem ambiental. Todos eles são fortemente investidos numa cidade que foi a cidade da dos olhos d'água. Portanto, as lagoas são nossos olhos”.

Orçamento

Não foi possível serem feitas licitações nesse primeiro trimestre. Isso porque não teve orçamento, diz o prefeito. Conforme Colbert, para abrir uma licitação é preciso ter orçamento. “E você precisa dizer o número do que precisa fazer e não tivemos essa meta. No próximo sábado ou domingo, a ciclovia da Av. Nóide Cerqueira, que está prontinha desde janeiro e não tínhamos orçamento para pagar, a empresa começa a trabalhar”, finaliza.