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Ao todo, 20% das estudantes deixam as escolas por falta de absorvente

Situação precária de grande parte das estudantes impacta diretamente na formação de novos profissionais

06/02/2022 23h12 Atualizada há 2 anos
Por: Reginaldo Junior Fonte: IG
Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

Um levantamento realizado pela organização Espro (Ensino Social Profissionalizante), junto da marca de absorventes Inciclo, revela mais dados sobre a pobreza menstrual. Ao menos 20% de jovens de 14 a 24 anos que menstruam já deixaram de ir à escola por não terem absorvente, conforme divulgado.

A situação é complicada para as mulheres que não têm acesso aos absorventes íntimos . De acordo com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), mais de 700 mil meninas vivem sem acesso a banheiros ou chuveiros em suas casas. E no mesmo documento que levanta essas informações, a entidade afirma que mais de 4 milhões não têm acesso a itens básicos de cuidados menstruais.

A pesquisa da Espro com a Inciclo também constata que 42% das pessoas já ficaram mais do que o tempo indicado com o absorvente para economizar dinheiro. O índice sobe para 45% entre as pessoas pretas com até 2 salários mínimos. Pelo menos 32% declararam que já aconteceu de não terem dinheiro para comprar absorvente.

Em 2021, o presidente Bolsonaro vetou um projeto de lei que iria distribuir absorventes em escolas públicas de maneira gratuita, bem como para moradores de rua, presidiárias e outras pessoas em situação de vulnerabilidade. Como a decisão não caiu nada bem, o governo chegou a afirmar que recuaria na decisão, mas, até hoje, não houve retomada do assunto por parte do governo federal.

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