O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito de tentativa de golpe de estado tem sido considerado uma espécie de "pá de cal" nas pretensões políticas do "pai" do bolsonarismo. Se na esquerda há comemorações fervorosas, a direita é mais discreta, pois reconhece a ascendência que Bolsonaro ainda tem sobre parte da população. No entanto, é essa mesma direita que celebra o que alguns classificam como "o começo do fim".
Publicamente, quase ninguém fala abertamente sobre o assunto. Todavia, o timming do lançamento da pré-candidatura de Ronaldo Caiado à presidência da República pelo União Brasil é um dos exemplos de como a direita "limpinha" pretende explorar o espólio do ex-presidente. A postura reacionária de Bolsonaro e do seu entorno obrigou esse segmento político a recuar, sob o risco de ser fagocitado. Agora, com esse risco cada vez menor, é possível perceber a mobilização para ocupar o vácuo que deve ser aberto a partir de 2026.
O próprio PSDB, por exemplo, que antagonizou como o PT o comando do Brasil até 2014, também segue essa linha. Ainda que não tenha um nome a lançar, caciques do partido admitem que o indiciamento somado à inelegibilidade de Bolsonaro pode criar um novo momento para que a direita menos radical consiga reviver seus momentos áureos. Vivemos um momento com balões de ensaio para entender como será o país após os sucessivos embates entre o petismo e a linha radical do bolsonarismo. Possivelmente, entretanto, qualquer alternativa viável fora dos atuais extremos só deve vingar a partir de 2030.
Enquanto convivemos com devaneios e tentativas de viabilização dos partidos como alternativa à dualidade pós-2018, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva ainda não conseguiu convencer integralmente os eleitores que é possível viver numa social-democracia com perspectiva de menos desigualdade econômica. O resultado é que, para o cidadão médio, a força do 13 tem muito mais impacto eleitoral do que as políticas desenvolvidas pelos governos petistas.
O cenário da próxima eleição presidencial deve ser ancorado em uma candidatura plebiscitária de Lula e uma alternativa ao bolsonarismo que ainda não se efetivou. É sabido que a "direita limpinha" tenta encontrar quem poderia ocupar esse espaço. Acompanhemos as mobilizações para saber se nomes como Caiado ou quem quer que apareça se tornam viáveis eleitoralmente...
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